Arquivo do mês de fevereiro 2013
Bruxaria, possessões demoníacas e exorcismos em pleno século XXI
Historicamente o comportamento fora da norma imperante em cada sociedade tem sido o exemplo por excelência do predomínio da superstição em frente à racionalidade. Assim ao longo dos tempos, inumeráveis pessoas foram estigmatizadas, excluídas, perseguidas e muitas vezes assassinadas por uma ignorante mistura de medo doentio e fanatismo religioso simplesmente por padecer de algum desequilíbrio psíquico, por demonstrar alguma rara condição ou inclusive por sobressair em suas aptidões intelectuais.
E ainda que qualquer pessoa mediamente instruída possa pensar que estes fatos são apenas parte do escuro passado de nossa espécie, já superados e unicamente presentes hoje em dia na ficção literária ou cinematográfica, a realidade é outra muito diferente. Na atualidade, em numerosos países africanos a crença em feitiços e possessões demoníacas é majoritária, e mesmo que geralmente a população associe a bruxaria a mulheres de idade avançada (como era habitual) as crianças podem ser também suspeitas.
Renomado acadêmico diz que os gênios se extinguiram depois de Einstein
O professor de psicologia da Universidade de Califórnia, Dean Keith Simonton, escreveu um artigo de opinião para a revista científica Nature onde argumenta que é muito pouco provável que a humanidade volte a produzir gênios do calibre de Einstein, Newton ou Darwin.
O acadêmico, que realizou numerosas publicações em torno dos gênios, bem como escreveu uma grande número de livros sobre o tema durante os últimos 30 anos, afirma que o motivo de sua asseveração é que já descobrimos grande parte das ideias mais básicas a respeito de como funciona o mundo natural. Qualquer trabalho novo significaria acrescentar só um pouco mais de informação a nossa base de conhecimentos.
Simonton reconhece que sua afirmação acarretará fortes reações, tanto dentro como fora do mundo científico, como também afirma que deseja profundamente estar equivocado. No entanto, afirma que desde os tempos de Einstein que não aparece mais ninguém com uma ideia ou descoberta que o engrandeça como um gigante em seu campo e que seja um exemplo a seguir durante centenas, senão milhares de anos no futuro.
O acadêmico afirma que o problema nasce da forma na qual se faz a ciência hoje em dia: em equipes de trabalho compostos por pesquisadores que trabalham de forma muito eficiente realizando incrementos paulatinos de conhecimento, o que não deixa muito espaço para a geração de uma nova e radical perspectiva individual, um ingrediente necessário para descobertas ao nível de gênios como Newton.
O mesmo Simonton reconhece que evidentemente pode estar equivocado, que pode aparecer em algum momento uma pessoa com uma forma de ver as coisas tão diferente, e que ao o comparar com tudo o que sabemos, nos demonstre que estávamos equivocados e nos entregue a evidência para suportar uma alternativa radical e inovadora que mude a física com o conhecemos. Mas por enquanto, isto não ocorreu.
Via | Nature.