Arquivo do mês de novembro 2012
Homens da Arábia Saudita receberão um SMS se suas mulheres saírem do país
Tecnologia a serviço do machismo, a misoginia ou simplesmente a observância estrita das regras islâmicas que convertem à mulher em um apêndice de seu marido. O Grande Irmão tecnológico irrompe no controle das viagens ao estrangeiro que as mulheres da Arábia Saudita possam fazer já que quando se dispuserem a abandonar o país seus maridos receberão um SMS informando sobre dita viagem. Jece Valadão aprova!
Recordemos que na Arábia Saudita as mulheres não têm a permissão de dirigir automóveis, estão excluídas da prática totalidade dos postos de trabalho e não podem participar em competições esportivas. Se até agora as mulheres sauditas já precisavam apresentar nos aeroportos, antes de viajar ao estrangeiro, um formulário amarelo com a assinatura de seu marido autorizando, agora decidiram notificar o mesmo -inclusive ainda que viaje com ela- mediante uma mensagem de texto ao celular. Um sintoma a mais do atraso desse país.
Vejam só a ironia: o plano foi apresentado pelo Ministro do Interior como parte do programa nacional de modernização eletrônica. Considerados guardiões, os homens têm o direito de supervisão sobre as mulheres a seu cargo, o que pode incluir filhas maiores de idade e/ou as irmãs não casadas bem como também os menores de idade.
Via | The Guardian.
Carl Sagan e sua opinião sobre Deus e os deuses
Minha formação escolar foi basicamente em intituições de ensino católicas, até em um seminário fui parar por conta dos gostos e promessas de minha avó, mas não era justo eu pagar a promessa de outrém e minha mãe logo me tirou de lá quando soube que a molecada toda se divertia com um padre gay (menos eu, lógico ;-)). Por sorte, tive, ainda que por pouco tempo -ele morreu muito cedo-, um pai muito bacana e uma mãe idem, que me permitiram fazer minhas próprias escolhas dentro da lei. É por isso que sou totalmente contrário que as escolas ensinem religião ao invés de ensinarem sua história cercada de intolerância.
Um dos caras que mais me ajudou a desenvolver o pensamento crítico foi Carl Sagan em sua mítica série Cosmos e que resume esta questão do modo que podem ver no fragmento de vídeo que encabeça este post. Se desejar ver o episódio inteiro (vale muito a pena!), basta clicar no seguinte link: Cosmos - O Limiar da Eternidade - Episódio 10.
Antes de tudo, cabe advertir que o ateísta quando diz que não encontra motivos nem evidências suficientes para introduzir o elemento "deus" para explicar a realidade que nos rodeia, está simplesmente expressando o que acha com base no que vê. O problema é que, nestas horas, as peles sensíveis cristãs se eriçam e passam a se portar exatamente como uma criança quando seus pais preocupados dizem que o seu amiguinho invisível não existe.
Em qualquer caso, se decidirmos encher nosso poço de ignorância com um "deus", então este conceito "deus" não significa absolutamente nada. Por exemplo, se o Big Bang foi criado por Deus, quem criou Deus? Se foi ele mesmo, por que não podemos afirmar que o Big Bang criou a si mesmo? Que mal há em alguém dizer que não crê em Deus enquanto não apareça evidência sólida? E por favor vamos deixar a Bíblia de lado como evidência de alguma coisa. Aquilo tem mais buracos do que um queijo suiço.
Os números na Natureza
Quando pequeno meu pai tinha o costume de dizer que a Matemática estava presente em tudo o que a gente fazia, sobretudo na Natureza, e que era difícil de identificá-la e o tempo iria me ensinar a fazer isso. Como era fascinado por tudo que ele dizia, comecei a tomar gosto pelos números e até hoje tenho mania de decorar placas de carro, somar números de telefone, calcular e antever ângulos mentalmente, etc.
Hoje em dia fico maravilhado quando vejo vídeos como este, realizado pela Etérea Estudios com tamanha perfeição, mostrando a delicadeza e precisão com a que a Natureza faz tudo linda e matematicamente. Definitivamente ao ver fibonacci, números áureos, fractais... a gente descobre que há uma ordem na desordem.
Vazam detalhes sobre o plano da ONU para controlar a Internet
Durante as últimas semanas, diversas entidades vem manifestando preocupação com respeito a alguns planos da União Internacional de Telecomunicações (ITU), agência dependente da ONU encarregada da padronização das telecomunicações no globo. O organismo tentaria adjudicar-se o controle sobre a padronização da internet no mundo, o que provocou a rejeição de empresas e até do Parlamento Europeu, que na semana passada assinou um documento oposto a esta ideia.
Em concreto, a ITU se reunirá em Dubai entre 3 e 14 de dezembro na conferência WCIT, com a ideia de revisar o tratado de 1988 conhecido como as Normatizações Internacionais de Telecomunicações. Efetivamente, o tratado corresponde a outra época e buscava que os serviços internacionais de telecomunicações funcionassem bem, que as redes pudessem interconectar-se, que fosse possível calcular o tráfego, etc. Desde então o cenário no mundo das telecomunicações mudou muito, irrompendo entre outras coisas a Internet.
Um das mudanças então poria a Internet sob a jurisdição e controle do organismo, possivelmente mudando a arquitetura e forma de funcionamento que a rede tem neste momento para obter controle sobre conteúdos e usuários. Algumas propostas dariam aos países autoridade para censurar e monitorar o tráfego na rede sob a hipócrita e falsa premissa de "melhorar a segurança". Na WCIT, só os governos dos 193 países membros podem votar, e cada país tem um voto.
Código aberto, colaboração e democracia
O mundo de código aberto aprendeu a lidar com uma monte de novas e divergentes ideias usando os serviços de hospedagem como o GitHub. O que aconteceria se adotássemos o uso destas ferramentas colaborativas de código aberto para a criar leis de tal forma que os cidadãos pudessem seguir o processo de elaboração destas e inclusive participar dele? Nesta palestra muito bacana, como a grande maioria das palestras TED, Clay Shirky mostra como as democracias podem aprender com a internet, não apenas a ser transparentes, mas também a aproveitar o conhecimento de todos os seus cidadãos. Assim veremos "Como a internet irá (um dia) transformar o governo".
Um dia típico na vida de um blogueiro
Baseado em fatos parcialmente reais! Assim é um dia qualquer de Jeff Wysaski, que descreve seu trabalho como:
- "Dedico-me a fazer coisas divertidas para ganhar a vida: umas eu faço com minhas próprias mãos e outras compilo por aí pela Internet".
Seu trabalho de blogueiro lhe ocupa sete dias à semana, mas ele se diz feliz porque não tem hora exata para trabalhar e trabalha, enquanto se diverte, quando quer.
Via | Geeks are Sexy.