Arquivo do mês de setembro 2012
A história do inseto inexistente que come pedras
Não é incomum, nos dicionários e enciclopédias, encontrar exemplos de entradas fictícias, algumas delas para capturar as pessoas que violam os direitos autorais copiando literalmente alguma entrada ou simplesmente como travessura. Esta classe de artigos são conhecidos como mountweazel, em homenagem a fotógrafa estadunidense Lillian Virginia Mountweazel, que em realidade nunca existiu.
Um dos casos de mountweazel mais célebres ocorreu na Wikipédia alemã. Nela aparecia uma entrada com referência a um inseto de mentira chamado Leuchtschnabelbeutelschabe, que finalmente a comunidade wikipedista decidiu apagar, ainda que se manteve como fidedigna desde 2003 até 22 de julho de 2008. Mas quero falar de outro inseto. Comia pedras. E também é de mentira.
Tornado de fogo na Austrália
Na verdade, tornado de fogo é um nome pouco apropriado, segundo os meteorologistas as colunas de fogo girando são bem mais parecidas aos redemoinhos (pés-de-vento) que neste caso em específico chegaram a quase 50 metros de altura em Alice Springs (Austrália), na passada terça-feira, 11 de setembro.
Simulações realistas
Popinator: pipoca na boquinha
É fascinante como a humanidade progrediu desde a última vez que a vi. Parece que foi ontem quando a NASA enviou um robô a Marte para fazer o primeiro piquenique cósmico, e agora alguém decide apresentar ao mundo uma máquina que cospe pipoquinhas diretamente a sua boca. Definitivamente, estamos no caminho correto. Yes!
O Popinator é uma máquina que é ativada ao escutar a palavra "Pop". Nesse instante, surge um canhão que localiza mediante sensores a fonte da voz e dispara uma pipoca diretamente para ela.
A velocidade que a pipoca sai não é excessiva porque, em princípio, não é uma arma de guerra, ainda que não custaria nada lhe acrescentar um alto-falante e umas quantas palavras ameaçadoras para fazê-la mais eficiente. A meu ver só tem uma carência: é que ninguém come pipoca de uma em uma senão em bocados que superam em muito a quantidade que cabe em uma mão. De modo que deveria ter uma outra palavra para ativar uma modalidade de rajada para estômagos famintos e ansiosos em geral. Só uma ideia, lógico.
Via | Engadget.
Cientistas descobrem espécie de cobra que concebe sendo virgem
Há alguns dias, uma equipe de pesquisa divulgou a descoberta de um par de cobras que têm a singular característica de conceber virginalmente, isto é, não necessitam de um macho para procriar e se reproduzir. Trata-se da Agkistrodon contortrix e a Agkistrodon piscivorus (esta última venenosa), nativas do norte da América e do sudeste dos Estados Unidos, respectivamente, as quais, segundo Warren Booth, ecologista molecular da Universidade de Tulsa, em Oklahoma, conformariam o primeiro caso em estado selvagem de partenogênese facultativa (o processo de reprodução assexuada em que um embrião se desenvolve sem a fertilização).
Antes já tinham documentado outros casos em zoológicos, aquários e, em geral, situações de cativeiro, em que animais se viram forçados a reproduzir desta maneira: aves, tubarões, dragões de Komodo; mas nunca até agora em estado natural.
O que resulta lógico nem sempre é verdadeiro
Em lógica, um argumento pode não ser válido ainda que a conclusão seja verdadeira, e pode ser válido ainda que a conclusão seja falsa. São conceitos confusos, e a gente pode ser enganada facilmente quando a validade de um argumento e a credibilidade não coincidem, sobretudo no caso de argumentos não válidos com conclusões críveis. Os psicólogos cientistas chamam este fenômeno viés de crença (um tipo de viés cognitivo). Por exemplo, consideremos o argumento após o salto: