Houve época na qual as crianças se comunicavam mediante duas latas e um barbante. Pode parecer um sistema arcaico se comparamos ao turbilhão de celulares que qualquer criança exibe na atualidade, mas em seu momento era a única forma de confabular contra o sistema sem correr o risco de ser descoberto.

Monkey Wrench Design adaptou esse sistema a nosso tempo com The Can, uma lata com microfone e alto-falante incorporados e conexão usb ou jack segundo o modelo.

A lata pequena foi pensada para conversas do dia a dia e missões simples; a grande, no entanto, consegue uma reverberação das palavras ideal para elaborar planos de conquista globais ou o rapto do coelhinho encardido da Mônica.

Aqueles que não soltam o celular para nada têm seus dias contados. As algemas Textercuffs evitarão que sigam ignorando conversas ou passando de níveis no banheiro.

Ao anular seu dedo polegar, as conexões neuronais ficam desorientadas e poderemos ver que o espécime tenta pressionar coisas no ar. Não se assuste, é normal: precisam de um tempo de adaptação.

Uma vez decorrida essa etapa, poderão concentrar-se em desenvolver exercícios psicomotores básicos e inclusive manter uma conversa com alguma coisa a mais que monossílabos. Captar sua atenção será difícil nos primeiros dias pela dificuldade de suas retinas para conceber uma realidade sem pixels; é recomendável não lhe oferecer objetivos móveis para que sua confusão não aumente.

Cada paciente responde de forma diferente aos estímulos, bem como também baba em quantidades diferentes; não poderemos evitar aplicar o método de tentativa e erro realizado com muita paciência.

As Textercuffs não estão à venda; mas todos podemos construí-las em casa seguindo estes simples passos de Instructables. Sorte, e não desespere.

Megatrend MkIII - $80.000

O luxo é por definição opulento, às vezes alcança até o limite do descaro e da desumanização. Em nossos dias isto é ainda mais palpável pela existência de objetos sumamente específicos que em sua limitada realidade representam dito excesso ao que o sistema econômico vigente alcançou.

Para alguns parece literalmente incrível (e não se trata de um clichê) que uma bicicleta possa custar 18 mil dólares ou um vaso sanitário pouco mais de 6 mil. Objetos cotidianos de nosso ritmo de vida atual que, no entanto, parecem estar rodeados de uma aura, uma ideia fantasmal, que os distingue do restante, mas que pouco mudam sua funcionalidade: seguem servindo para a mesma coisa, o vaso para cagar, o telefone celular para comunicar-se, o relógio para saber a hora...