Em uma nova mostra de que o YouTube não se rege pelas tendências noticiosas que sim se manifestam no Facebook ou Google, podemos apreciar que a confecção da listagem dos vídeos mais visualizados do portal de vídeos está bem carregada de assuntos que são tanto de culto quanto insuportáveis, como a ganhadora indiscutível Rebecca Black ou o Nyan Cat. Nada do terremoto no Japão ou os conflitos no Oriente Médio ou os variados protestos em todo mundo. As coisas mais sérias ficaram reservadas para as buscas.

No entanto, foi um bom ano para o YouTube, que atingiu o recorde de mais de 1 bilhão de reproduções de vídeos. O primeiro lugar fica para o amado (?) e odiado "Friday" da garota mais trollada de 2011, mas os primeiros lugares também têm um cão que fala, uma paródia musical de Jack Sparrow, os bebês gêmeos conversando e outros que você pode conferir depois do musical salto.

O caso de Megaupload e a "Mega Song" segue adiante e tudo continua muito estranho. Acontece que na semana passada, a Universal Music Group assegurou que, mediante um contrato que tinha com YouTube, tinha o "direito" de eliminar vídeos do portal, inclusive se não tivesse direitos sobre o mesmo, algo muito esquisito para ser verdade. Mas o Google não demorou a responder e disse que não é bem assim.

- "Nossos sócios não têm direitos de eliminar vídeos do YouTube a não ser que tenham direitos sobre eles, ou que sejam apresentações ao vivo controladas através de acordos exclusivos com os artistas", assegurou um porta-voz do Google.

Megaupload investiu US$3 milhões no videoclipe, que conta com a participação de Kanye West, Mary J. Blige, will.i.am, Kim Kardashian e outras celebridades, que promovem o serviço -considerado por verdade um dos inimigos na lista negra por parte da indústria de conteúdos estadunidense-.

O vídeo ficou 6 dias fora de YouTube por uma reclamação feita pela Universal. Megaupload agora entrou com um processo contra a UMG reclamando que a companhia atentou contra a liberdade de expressão. Esperar para ver, mas deve render ainda muito pano para manga.

Via | Wired.

A Wikipédia está planejando limpar todas as páginas da enciclopédia on-line por pelo menos um dia, em protesto à lei SOPA que ainda está em discussão no Congresso estadunidense. A lei deve ser votada por um comitê do Senado nesta semana.

A Stop On-line Piracy Act (SOPA) é um projeto que busca proteger os interesses da indústria de conteúdos, que se dia ameaçada pela pirataria on-line. No entanto, a iniciativa propõe medidas que implicariam introduzir ferramentas de censura na rede, criando opções para eliminar ou bloquear sites e blogs ainda que não se tenha provas para fazê-lo.

Países da África, Europa, Ásia e América reuniram-se na sede de Haia em Holanda e comprometeram-se a promover a liberdade na Internet. Principalmente buscam lutar para que blogueiros que vivem sob regimes de opressão possam se expressar livremente.

Depois de uma conferência de dois dias, o grupo de países assinou um comunicado que diz que buscam impedir "a apropriação indevida de tecnologias com fins repressivos, pedidos improcedentes de dados pessoais com fins políticos e bloqueio ilegal de conteúdo".

Alguns dos países que assistiram à reunião foram os Estados Unidos, Grã-Bretanha, Quênia, Gana, Mongólia e alguns países da América Latina, Europa e Ásia, mas nenhum país do Oriente Médio foi até a conferência.

Inclusive a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, fez um chamado às empresas privadas a não vender sistemas de vigilância a regimes autoritários.

Via | Milenio.

Zuckerberg cozinhando. Zuckerberg segurando uma galinha. Zuckerberg conversando com Obama. Zuckerberg brincando com seu mascote. Zuckerberg como vítima das falhas na segurança desse panóptico digital que chamamos Facebook.

Facebook: o panóptico das redes sociais. Facebook: o olho-mágico de onde observamos a vida dos outros. Facebook: o grande irmão que sanciona com beneplácito o voyeurismo. O curiosa agora é que o homem por trás do Facebook, como uma espécie de Mágico de Oz digital, acaba de ser vítima de suas próprias medidas.