Arquivo do mês de novembro 2011
O mundo em que vivemos
Nem sempre gosto das campanhas ecologistas da WWF, que ultimamente vem assumindo alguns posicionamentos bem distantes da razão sem considerar os possíveis avanços científicos, típica atitude de idosos rabugentos. Mas devo concordar que este vídeo é brilhante. Não vivemos sozinhos neste planeta, às vezes convém recordar.
Chimp Heaven e santuários onde animais vivem como reis
Há lugares que só parecem existir em um ambiente de ficção científica no qual os animais dominaram a humanidade (como no filme Os Planetas dos Macacos), no entanto, existem locais dedicados a estes animais onde realimente reinam em paz. É o caso, por exemplo, do Chimp Heaven, um refúgio criado por um grupo de primatologistas encravado na Ilha de Ngamba, em Uganda.
Seus residentes são chimpanzés aposentados. Artistas retirados e cobaias que passaram toda sua vida enclausurados em laboratórios, a mercê de toda classe de experimentos médicos, como o ensaio de novos medicamentos. Nesta área de 200 hectares de pastos, bosques e recantos naturais, os chimpanzés vivem como reis e uma equipe de profissionais qualificados devolve-lhes com justiça o que todos lhes devemos.
Descobrem um mecanismo capaz de bronzear a pele em poucos segundos
Todos sabemos que para que a pele humana fique bronzeada é necessário que seja exposta durante vários dias ao sol. O problema deste processo é que a exposição prolongada aos raios ultravioletas (UV) solares, além de bronzear, pode causar danos ao DNA das células da pele. Agora uma equipe de pesquisadores da Universidade de Brown (EUA) identificou uma forma bem mais rápida de conseguir a pigmentação da pele. Segundo publicam os pesquisadores na revista Current Biology, os resultados da pesquisa poderiam afetar o desenvolvimento dos protetores solares no futuro.
Crianças que nascem por cesárea sofrem mais alergias
Um estudo da Universidade de Copenhague (Dinamarca) revela que quanto menor é o número de bactérias que vivem em nossos intestinos durante a infância, maior é o risco de sofrer alergias quando chegarmos a idade adulta. Isso implica que "os bebês que nascem por parto natural, e que portanto estão expostos às bactérias do reto materno, têm menor risco de padecer asma e alergias que os que nascem por cesárea (Brasil tem o título de campeão mundial de cesarianas realizadas por planos de saúde, Uhull!), que são expostos a uma menor variedade de microrganismos ao nascer", conclui Hans Bisgaard, pesquisador da Universidade de Copenhague e coautor do estudo.
Segundo Bisgaard e seus colegas, devemos ter contato com um amplo número de bactérias diferentes nos primeiros meses de vida, quando o sistema imunológico está se desenvolvendo e "aprendendo". Os pesquisadores asseguram que é irônico que as bactérias e a sujeira, consideradas uma ameaça para nossa vida, agora se imponham como um ingrediente fundamental para ter uma vida saudável. De fato, há estudos anteriores que apontam a uma conexão entre a flora intestinal e outras doenças como a diabete ou a obesidade.
Via | Drauzio Varella.
Por que dizemos aaah quando vamos ao médico?
O objetivo de dizer "aaah" enquanto o médico examina-nos a garganta é que este possa ver a faringe e comprovar se a mucosa está inflamada, ou tem pus. Normalmente a língua não permite ver bem a faringe, mas ao dizer "aaah" a parte posterior se aplana, a língua se estende no vão da mandíbula inferior, e isso permite ver a garganta.
Outras vogais não seriam adequadas para esta finalidade. Por exemplo, "iiih" pronuncia-se muito adiante. E "uuuh", ao ser uma vogal posterior para cuja articulação o pós-dorsal da língua levanta-se de encontro ao velo do palato, reduz ainda mais a visibilidade da garganta.
Biólogos unidos em uma canção por uma melhor reação em cadeia da polimerase
Como demonstração prática de que qualquer coisa não só fica melhor adereçada com violinos ou sabres de luz, senão que também cantada em coro ao estilo We Are the World inclusive emociona, aqui temos um entranhável grupo de "cientistas" cantando os benefícios da PCR (reação em cadeia da polimerase), uma técnica de laboratório que serve para amplificar os fragmentos de DNA de nossas células.
Imprinting - Quem é a mamãe?
O comportamento de um animal é uma mistura de comportamentos inatos e aprendidos. Os comportamentos instintivos são geneticamente programados e muito pouco influenciados pela experiência ou aprendizagem. Mas a aprendizagem pode depender um tanto de mecanismos inatos. A capacidade de aprender, de se ajustar em um meio ambiente variável e imprevisível, resulta em mudanças funcionais e, é biologicamente vantajoso para o individuo. A aprendizagem depende da plasticidade do sistema nervoso, de uma capacidade de recuperar e armazenar informação.
O imprinting é um exemplo fascinante de influências genéticas e ambientais no comportamento animal. Este fenômeno pode ser observado em, por exemplo, patinhos e pintinhos. Ele foi retratado no emocionante e divertido Fly Away Home. Neste filme, Amy Alden é uma garota que adota uma ninhada de bebês gansos do Canadá. Assim que eles eclodem dos ovos, é Amy que eles veem. Imediatamente, os pássaros imprimem em seus cérebros que a garota é sua mamãe ganso. Agora, Amy e seu pai terão que trabalhar juntos para ensinar os pássaros a migrarem ou eles morrerão no inverno rigoroso. A solução vem de uma ideia inusitada e pouco provável - um ultraleve guiará as aves para um lugar seguro.