Arquivo do mês de outubro 2011
Quando a singularidade nos alcançar
Metropolis de Fritz Lang (1927)
Há 130 anos, a lâmpada incandescente chegou ao mundo e este mudou para sempre. Ainda que Benjamin Franklin tenha literalmente aterrissado o fenômeno elétrico à realidade cotidiana com a famosa história que conta como soltava pipas durante uma chuva, a verdade é que a eletricidade não teve um uso doméstico até que o grande inventor ladravaz Thomas Edison patenteasse a lâmpada em 1880. Digo patentear e não inventar, porque Warren de la Rue já tinha feito uma lâmpada quarenta anos antes, em 1840.
Com a produção e difusão em massa da lâmpada deixamos, de uma hora para outra, de depender do Sol para trabalhar. Agora podíamos ser funcionais nos horários que quiséssemos, inclusive de forma continuada. Os refrigeradores massificaram-se, permitindo o transporte e armazenamento de alimentos em bom estado por maior tempo, mudando nossas práticas de colheita e alimentação. As máquinas que foram possíveis graças à eletricidade permitiram liberar os humanos de realizar trabalhos perigosos ou muito cansativos, e, de passagem, aumentaram a velocidade com que muitos desses trabalhos eram realizados. Tudo isso começou há apenas 130 anos.
A deificação de Steve Jobs, o maior triunfo do marketing da Apple?
Não é a primeira vez que falamos sobre o campo de distorção da Apple e, agora, do exagerado lamento em massa ante a morte de Steve Jobs. Hoje o diário britânico The Guardian e o New York Times votam ao assunto e expandem esta interessante discussão, cuja profundidade é o culto ao materialismo e a exaltação do consumo, para além de que a perda de uma mente como a de Jobs seja uma tragédia para a humanidade ou não.
No The Guardian, Tanya Gold escreve um irônico artigo sobre como Jobs é agora a Princesa Diana dos Estados Unidos. Gold assinala que esta é a primeira vez que vemos as massas se comoverem pela morte de um CEO, um homem fundamentalmente dedicado a fazer dinheiro, e diz mordazmente que Steve Jobs é um bem sucedido aplicativo pós mórtem.
Heureca! Não existem inventos individuais
Às vezes perdemos nosso precioso tempo em debates de quem foi o inventor disso ou daquilo. Por exemplo, os primeiros em voar foram os irmãos Wright ou Santos Dumont? São debates um tanto improdutivos e ademais partem de uma premissa falaz: que as coisas são inventadas por uma única pessoa, como se tivesse sido tocada por uma inspiração divina, quando a história nos demonstra que é ao contrário: os inventos individuais não existem, e geralmente estão a ponto de descobrir em outros pontos do mundo justo quando se descobrem em algum lugar.
Porque os inventos não são mais que ideias materializadas. E as ideias voam de cabeça em cabeça como vírus. E as ideias não têm dono: as ideias são reformulações de outras ideias que tomamos emprestadas. Assim como o sentido dos direitos autorais que cada vez tem menos validade em um mundo no qual copiar informação é muito barato (e no qual para abrir canais de criatividade é necessário que se possa copiar facilmente), os inventores e seus inventos só são engrenagem de uma longa cadeia de causas e efeitos. Mas claro, a gente sempre tende a buscar heróis individuais, a gente quer um Heureca, um Edison, uma Madonna a quem render homenagem.
Alguém acha que a NASA está acabada?
Certamente recordam Bruce Willis no papel do tenente McClane, lambuzado de barro e gordura até as sobrancelhas, preso entre as tubulações do arranha-céu, fugindo daqui para lá, e ainda assim, sem sapatos e com os pés em pandarecos, ia se livrando dos homens maus um a um enquanto dizia para si mesmo "Seguem te subestimando, John".
Isto costuma ocorrer às vezes quando ninguém já acredita no que possa fazer, essa etapa na qual todos acham que está acabado e a única coisa que te resta é se abandonar ao esquecimento em algum lugar tranquilo para não molestar... e de repente, do nada, surge o gênio e chega a obra mestre.
Steve Jobs morreu (1955-2011)
"A Apple perdeu um gênio visionário e criativo e o mundo perdeu um ser humano incrível. Aqueles que fomos suficientemente afortunados de conhecer e trabalhar com Steve, perdemos um querido amigo e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que só ele podia ter construído e seu espírito será para sempre a fundação da Apple."
Uma nova revolução: A robótica.
Estamos no limiar do conhecimento em tempo real – ainda não atingido plenamente – no que diz respeito da atualização de nosso conhecimento em relação ao que é descoberto e aplicado. Especialistas antevêem que o próximo passo nesse processo esta bem á nossa porta. A revolução robótica, que julgam ser mais importante que a revolução criada pela informática.
Nos setores como o de cuidados aos idosos, educação e principalmente no trabalho, os especialistas crêem que haverá uma interação muito maior entre o ser humanos e maquinas que auxiliem em determinados trabalhos. Pensando nisso estão criando padronizações (normas) para o modo de utilização das mesmas.