Declaram alerta por uma epidemia silenciosa que está matando mais pessoas que a AIDS
Uma infecção viral, que se propaga através do sangue e fluídos corporais e invade as células hepáticas até afetar gravemente o fígado, está provocando a cada ano a morte de um milhão de pessoas em todo o planeta. Atualmente, mais de 250 milhões de pessoas são portadoras do vírus da hepatite B, número que é sete vezes maior que a de pacientes com HIV, assinalou a Nature.
Em ano 2016, as mortes ocasionadas por hepatite B -que a sua vez desencadeou câncer de fígado ou cirrose- superaram o número de mortes por causa de doenças mais temidas, como a AIDS, a tuberculose ou a malaria. Isto apesar de que essa variante de hepatite pode ser prevenida através de uma vacina, e também é possível tratá-la com os mesmos medicamentos antirretrovirais utilizados para combater o HIV.
A infecção é conhecida como epidemia silenciosa porque inicialmente seus portadores não apresentam sintomas. As principais vias de transmissão são sanguíneas -da mãe ao filho durante o parto, ou por injeções e transfusões de sangue contaminados– e o contato sexual sem proteção.
A Organização Mundial da Saúde assinala que a forma de proteger desta doença é através de uma vacina, que tem uma eficácia de 95% para evitar toda infecção crônica, é muito segura e sua proteção dura ao menos 20 anos.
A região mais afetada é o África subsaariana. Estima-se que 6 % de sua população está infectada e que menos da décima parte de suas crianças recebem as vacinas correspondentes. Ademais, a publicação afirma que esta região ocupa o último lugar nas intervenções realizadas diversos países quanto a diagnóstico e tratamento das pessoas que vivem com o vírus.
- "É um momento crítico para a região", expressou Philippa Matthews, imunologista da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Assim mesmo assegurou que, diferente do HIV, em frente à hepatite B as autoridades não atuaram com os recursos e a educação necessários para combater uma doença que tem está presente à humanidade durante milhares de anos.
Via | Nature.
Notícias relacionadas:
Comentários
Nenhum comentário ainda!
Deixe um comentário sobre o artigo
Comentários devem ser aprovados antes de serem publicados. Obrigado!