Todos já ouvimos falar de Elon Musk. Esteja o seu nome associado aos carros Tesla, ao PayPal, a avanços tecnológicos ou aeroespaciais, todos nós já nos deparamos, numa altura ou outra, com seu nome. Elon Reeve Musk, nascido em 28 de Junho de 1971 na África do Sul, é um dos investidores e empreendedores mais influentes nos dias atuais e é conhecido por estar envolvido em imensos projetos nas mais diferentes áreas.

Por exemplo, é co-fundador de empresas multinacionais como a mais famosa de compra, venda e transferência monetária pela internet, a PayPal; da Neuralink, que desenvolve interfaces cérebro-computador implantáveis; da OpenAI, uma empresa de inteligência artificial; e da Zip2,que provia e licenciava software on-line de guias metropolitanos para jornais.

Para além disto, é o diretor executivo e principal arquiteto de design da Tesla, que tem como foco principal a fabricação de carros elétricos, painéis solares e pesquisa na área das energias renováveis. É também presidente da SolarCity, uma subsidiária da Tesla, que se foca em energia solar. Fundou também a The Boring Company, que se foca em engenharia geotécnica. Seu patrimônio líquido está avaliado em cerca de 18.9 bilhões de dólares americanos.

Em 2002, frustrado com o ritmo de trabalho da NASA para levar o homem a Lua, Musk fundou a SpaceX; uma empresa aeroespacial, que não demorou muito a atingir conquistas impressionantes, principalmente para uma empresa com financiamento privado.

Como por exemplo, a produção do primeiro foguete a utilizar combustível líquido a chegar à órbita da Terra em 2008, o Falcon 1; assim como a primeira empresa a recuperar uma nave lançada, a Dragon em 2010. Em 2012 foi a primeira empresa privada a lançar um vaivém espacial, a Dragon, para a Estação Espacial Internacional (EEI), sendo que em Março de 2017 a SpaceX já tinha completado 10 missões de transporte para a EEI. Em 2015 conseguiram o primeiro pouso propulsivo de um foguete orbital, o Falcon 9, e em 2017 conseguiram reutilizar esse mesmo foguete.

O próximo passo para a SpaceX e para Elon Musk, e levar o homem ao planeta Marte. Até não muitos anos atrás, a ideia de ir a Marte parecia absurda; isto devido a inúmeras razões baseadas nas características do planeta, e para além disso, é difícil o suficiente engendrar o pouso de uma nave espacial de pequenas dimensões em Marte, quanto mais uma de gigantes proporções como a idealizada por Musk -BFR Big Falcon Rocket- carregada com pessoas e mantimentos.

No entanto, é isso mesmo que Elon Musk se propõe a fazer: colonizar Marte, de forma a existir um segundo planeta onde a humanidade possa se refugiar quando a Terra se tornar inabitável.

Segundo Musk, o plano já anunciado de levar um grupo de turistas espaciais para uma volta a Lua é um passo necessário antes da expedição a Marte. O seguinte passo será enviar duas missões a Marte, apenas com equipamento e mantimentos, em 2022; missões estas que seriam seguidas por mais duas, desta vez com tripulação, já em 2024.

Já há um projeto em ação em relação as duas últimas missões tripuladas, que consiste em inicialmente lançar uma nave que se separa da unidade impulsionadora. A unidade da nave fica em órbita, enquanto a unidade impulsionadora volta a Terra, pousando na esteira de lançamento inicial. Uma segunda nave tanque é conectada no topo da unidade impulsionadora, e o complexo formado é lançado para a atmosfera onde a nave de combustível abastece a nave tripulada. Uma vez reabastecida, a nave pode prosseguir a viagem até Marte, onde se iniciará uma colônia.

Os tripulantes dessa nave permaneceriam cerca de um ano em Marte coletando gelo, que seria transformado em água e, em seguida, em hidrogênio, para servir de combustível para a viagem de volta à Terra. Musk afirma também que a base estaria pronta para inauguração em 2028.

Elon Musk e a SpaceX não são os únicos com os olhos focados neste objetivo. De fato, Dennis Muilenburg, o diretor executivo da Boeing, a multinacional norte-americana de desenvolvimento aeroespacial e de defesa, afirma que a sua empresa vai atingir este marco antes da SpaceX. Apesar de tais pretensões, quem acompanha as notícias relacionada a este assunto continua a apostar em Elon Musk. Não só figurativamente, mas literalmente, sendo que a Betway permite até apostar na probabilidade de Musk conseguir ou não cumprir com o que se propôs até ao final do ano de 2020.

Não obstante de tudo até agora indicar que poderíamos alcançar tal façanha, alguns peritos no assunto, como o astronauta canadense Chris Hadfield, acha que a tecnologia que possuímos nos dias atuais ainda não é avançada o suficiente, e que foguetes movidos a combustíveis químicos, como os que são utilizados hoje em dia, não são o ponto de partida ideal para esta expedição. Chris sugere que a aceleração eletromagnética ou propulsão elétrica de íons seriam indispensáveis se quiséssemos chegar a Marte um dia.

Ainda assim, Musk, e os seus concorrentes, continuam a trabalhar arduamente para que, talvez não num futuro muito longínquo, possamos expandir os nossos horizontes para outros planetas e quem sabe, um dia, sentarmos base em uma galáxia muito, muito distante... Até lá, que a força com todos nós esteja.

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