Fim do mistério dos ímãs? Descobrem as partículas que determinam o ferromagnetismo
Faz oito décadas os físicos estimaram que deviam existir algumas partículas responsáveis pelo ferromagnetismo, que estão presentes nos materiais que não produzem seu próprio campo magnético. Por fim, após tanto tempo, neste mês de outubro dois grupos de cientistas universitários conseguiram confirmar a predição e detectar quais são e como são estas partículas.
Trata-se de umas fileiras de moléculas de dimensões nano que atuam como partículas independentes em grupo. Os especialistas já tinham um termo para designá-las: são os longamente buscados histerons, afirma um post publicado em 23 de outubro no site da Universidade de Linkoping, na Suécia.
Desta maneira, os pesquisadores suecos, em colaboração com colegas da Universidade de Eindhoven, dos Países Baixos, puderam confirmar a velha hipótese e identificar histerons em dois materiais diferentes ao analisar a maneira em que ambos se estruturavam seguindo as leis da ferroeletricidade.
Além de resolver um prolongado mistério, a descoberta poderia ter grandes repercussões tecnológicas. Em concreto, poderia desbloquear o poder dos ferroelétricos e propiciar um avanço na tecnologia de armazenamento de dados, oferecendo mais capacidade a nossos dispositivos.
Ocorre que quando a coerção de um campo elétrico ou magnético é suficientemente forte, os pólos individuais se polarizam juntos e trabalham em conjunto para construir um campo coesivo próprio. A grande pergunta que fica, o que significa "suficientemente forte"? Conseguir que os dipolos girem e se reordenem depende das forças que os mantêm em seu lugar: um efeito denominado histerese.
Via | SciAl.
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