As pessoas muito religiosas são menos analíticas, segundo estudo

LuisaoCS

As pessoas muito religiosas são menos analíticas, segundo estudo

Um estudo recente no campo da religião, feito pela Universidade Case Western Reserve, chegou a conclusão que as pessoas muito religiosas costumam ser menos inteligentes. Cabe ressaltar que o resultado desta análise pode ser aplicada tanto para os muito religiosos como para os ateus militantes, já que muito deles professam o ateísmo como se fosse uma religião extremista.

Em ambos os grupos, habilidades de raciocínio crítico superiores foram associadas com níveis mais baixos de dogmatismo. Mas esses dois grupos divergem em como a preocupação moral influencia seu pensamento dogmático.

Isso sugere que os religiosos podem se apegar a certas crenças, especialmente aquelas que parecem estar em desacordo com o raciocínio analítico, porque essas crenças ressoam com seus sentimentos morais.

Os voluntários da pesquisa foram analisados com ressonância magnética a partir de estímulos com perguntas ou informação diversa. Fizeram parte deste estudo 209 cristãos, 152 pessoas não religiosas, 9 judeus, 5 budistas, 4 indianos, 1 muçulmano e 24 de outras religiões.

Segundo os pesquisadores as pessoas poderiam ser divididas em 2 tipos: emocionais e analíticas. As radicais religiosas (ou os ateus) são pessoas que se relacionam mais com o tipo emocional. Por sua vez, as pessoas menos radicais no religioso são mais analíticas.

Segundo Anthony Jack, pesquisador deste estudo, a ressonância emocional ajuda as pessoas muito religiosas a sentirem-se mais convencidas. Quanto mais corretas moralmente são as coisas que vêem, mais se afiançam de seu pensamento.

As diferenças na visão de mundo do dogmatismo religioso versus o não-religioso influenciam muito, já que o dogmatismo aplica-se a qualquer crença central, desde hábitos alimentares --seja de um vegano, vegetariano ou onívoro- até opiniões políticas e crenças sobre evolução e mudanças climáticas.

Os terroristas, por exemplo dentro de sua bolha, acham que o que fazem é moralmente correto. Acham que estão combatendo algo de errado e projetando uma ação sagrada. O mesmo vale para os correligionários de políticos que não conseguem enxergar o que seus corruptos de estimação fazem, por mais claro e evidente que isto seja.

Junte-se aí o tema das notícias falsas, por meio da ressonância emocional, que apela aos membros de sua base a ignorar os fatos reais e basear sua crença nas Fake News.

Os autores esperam que esta e outras pesquisas ajudem a melhorar a divisão em opiniões que parecem cada vez mais prevalecentes.

Via | Science Daily.



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