Vídeo da NASA diz que é possível viajar até Marte em poucos dias

LuisaoCS

Desde que a NASA anunciou seus planos de enviar uma missão tripulada a Marte em 2030 e que "Perdido em Marte" fez grande sucesso, o planeta vermelho voltou a ter grande importância no nosso imaginário coletivo. Agora, graças a um vídeo lançado pela NASA, podemos adicionar um pouco de calor para a febre com a ideia de que poderíamos chegar ao planeta em apenas alguns dias (ou horas).

- "Há avanços recentes que fazem com que esta ficção científica seja uma realidade para a ciência", disse o cientista Philip Lubin no vídeo, intitulado "Going Interstellar". - "Não há razão conhecida de por que não possamos fazer isso."

Comecemos por esclarecer que Lubin não é nenhum maluco gritando suas ideias tresloucadas em vídeos conpiracionistas no Youtube. Ele é um professor de física que trabalha na Universidade da Califórnia, no Grupo Experimental de Cosmologia, de Santa Bárbara. No ano passado, ele e sua equipe foram premiados com uma bolsa de prova-de-conceito da NASA para investigar o uso de propulsão fotônica para abastecer naves interplanetárias.


Nesse trabalho, Lubin está investigando disparar lasers em naves espaciais em órbita da Terra para impulsioná-las a maiores velocidades através do vácuo do espaço. Os fótons da luz do laser literalmente empurrariam a nave junto, de forma similar a como a vela solar que está sendo testada para usar fótons do sol para a propulsão. Isso é chamado de aceleração eletromagnética e pode atingir velocidades muito mais rápidas do que a propulsão química, como a produzida por combustível de foguete.

- "A aceleração eletromagnética é limitada apenas pela velocidade da luz, enquanto os sistemas químicos estão limitados à energia de processos químicos", escreveu Lubin em um paper que define o seu mapa de estradas para este tipo de viagem espacial.

No vídeo, Lubin diz que somos bons em alcançar velocidades relativistas -que são velocidades próximas à da luz- com objetos muito pequenos como partículas subatômicas, mas que o nosso sucesso com a aceleração de coisas no nível macro, como foguetes, é pateticamente lento. O objetivo, segundo ele, é mesclar os dois.

E ainda que Marte seja, certamente, o objetivo mais próximo para o uso desta tecnologia, não há nenhuma razão para pensar que não possa ser usada para impulsionar a nossa tecnologia além do nosso sistema solar.

Lubin é rápido em apontar no vídeo que o sistema estelar mais próximo à nossa própria é Alpha Centauri, a apenas quatro anos-luz de distância, o que, de acordo com um relatório sobre o trabalho de Lubin, poderia levar apenas 20 anos para atingir usando propulsão fotônica.

- "O fator humano de explorar as estrelas mais próximas e exoplanetas seria uma profunda viagem para a humanidade, cujas implicações não-científicas seriam enormes", escreve o físico em seu paper. - "É hora de começar esta jornada inevitável além de nossa casa."

O vídeo foi divulgado na semana passada pela NASA 360, um vodcast de meia hora desenvolvido pela NASA em parceria com o Instituto Nacional Aeroespacial.

Via | CNet.


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