A Terra perdeu a metade de suas árvores desde que há humanos

LuisaoCS

A Terra perdeu a metade de suas árvores desde que há humanos

Uma equipe internacional de cientistas realizou o primeiro mapa detalhado da densidade de árvores do planeta. Como se fosse um piada sem graça, o mapa vem com duas notícias, uma boa e uma má. A boa é que há muitos mais árvores do que se pensava, umas três trilhões distribuídas nas matas de todo o planeta. A má é que os humanos destruímos 15 bilhões de árvores a cada ano e que o número de exemplares reduziu em pelo menos 46% desde que existe nossa civilização.

As estimativas realizadas até agora, mediante imagens tomadas via satélite, indicavam que existiam 400 bilhões de árvores no planeta (61 por habitante). O estudo realizado pela equipe de Thomas Crowther, e publicado pela revista Nature, indica uma cifra muito superior, de 422 árvores por pessoa.

A diferença está em que desta vez tiveram em conta mais medidas, além das do satélite a equipe reuniu informação da densidade de árvores de 400.000 bosques do planeta, procedentes de inventários de parques nacionais e estudos científicos que incluem contagens sobre o terreno.


Com estes dados, e os obtidos a partir do espaço, não só conseguiram uma estimativa mais refinada, senão que puderam conhecer a influência de fatores como o clima, as condições do solo ou a proximidade de núcleos habitados na distribuição das árvores em escala global.

Neste sentido, as maiores densidades de árvores encontram-se nos bosques boreais das regiões subárticas na Rússia, Escandinávia e América do Norte, mas as maiores zonas por extensão encontram-se, com sobras, nos trópicos, que albergam 43% das árvores do planeta (24% está nas zonas boreais e outro 22% nas temperadas).

Os resultados ilustram também como muda a densidade segundo o tipo de floresta. Nas zonas mais úmidas, por exemplo, crescem mais árvores, mas estes efeitos benéficos estão sendo afetados porque os humanos também preferem estas zonas para a agricultura, de modo que a desflorestação é maior.

De fato, indicam os autores do trabalho, a atividade humana é o fator mais influente na evolução das grandes florestas. O modelo indica que a densidade de árvores decresce à medida que a população humana cresce e estabelece a perda de árvores em uns 15 bilhões a cada ano.

Ou seja, reduzimos quase à metade o número de árvores do planeta e estamos vendo os impactos disto no clima e na saúde humana. Este estudo sublinha então o grande esforço que precisamos fazer para restaurar as florestas em todo o mundo.

Via | Science Daily.


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