Faz alguns dias o jornal britânico The Guardian publicou um interessante relatório dando conta que a tecnologia conseguiu criar mais postos de trabalho do que eliminá-los entre 1871 e 2011. Será complicado manter essa tendência com avanços como os que acontecerão em uma fábrica no Japão, no entanto, que iniciará sua construção no próximo ano.

Nessa fábrica produzirão até 30.000 pés de alface em apenas um dia a partir de 2017, e em cinco anos a estimativa do fabricante é atingir a incrível cifra de meio milhão de pés ao dia. O custo da fábrica será de 16 milhões de dólares.

Na futura fábrica japonesa da Spread Co. quatro das seis fases para o cultivo das alfaces estão já completamente automatizadas e não precisam intervenção humana. Apenas a plantação das sementes -no qual estão trabalhando em um sistema automático- e a germinação requerem da presença humana. No caso desta segunda fase há que controlar que a germinação tenha sido adequada de forma visual, mas não demorarão em poder dispor também de um gerenciamento baseado em reconhecimento de imagens.

Uma vez germinada a alface, tanto a transplantada, cuidada, colhida e empacotada são completamente realizados por sistemas e robôs, que deixam o produto em perfeito estado e pronto para ser distribuído aos mercados.

O custo inicial da fábrica é alto, mas com a automação, uma vez em marcha, a produção supõe uma poupança de 50% que na agricultura tradicional, além de otimizar bem mais o espaço. Para este tipo de estufas internas estão optando por reabilitar antigas fábricas de empresas tecnológicas, especialmente relacionadas com a eletrônica.

O cultivo de verduras, especialmente a alface, em áreas cobertas e de forma mais ou menos automatizada não é algo novo. A Philips tem um próspero negócio na iluminação LED deste tipo de instalações que permite aos "agricultores de interiores" controlarem com detalhes a produção, ao mesmo tempo em que poupam entre 30 e 50% de energia. Outras companhias como a Panasonic também dispõem de investimentos nestas fábricas com painéis solares e equipamentos informáticos.

Em Japão já são produzidos neste tipo de instalações a ordem de 10.000 pés de alface ao dia usando iluminação LED em estufas muito avançadas tecnologicamente, mas com este novo projeto da Spread Co. essa cifra será muito logo coisa do passado.

Via | Quartz.

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