Juíza outorga pela primeira vez direitos humanos a chimpanzés
Talvez ainda haja esperança para o gênero humano, que ameaça apagar às outras espécies da face do planeta em perene pandemônio, ou algo assim. No que parecem ser boas notícias, uma juíza de Nova Iorque outorgou direitos "humanos" a dois chimpanzés que estavam detidos como parte de um experimento biomédico na Universidade de Stony Brook. O caso questiona essencialmente a definição dos direitos humanos e a divisão entre animais.
A juiz Barbara Jaffe pediu ao estado que argumentasse uma razão legal pela qual os chimpanzés deviam permanecer presos em cativeiro. Ao que parece o estado não conseguiu responder e o advogado obteve a vitória legal para seus "clientes” (realmente já não deveríamos usar as aspas) Hércules e Leo, os primeiros dois chimpanzés que passam a ser considerados pessoas legais.
O defensor dos direitos animais Peter Singer assinala que o caso é uma luz no caminho para um futuro no qual os chimpanzés não sejam considerados como propriedade e possam conquistar certos direitos legais para obter liberdade ou um santuário.
Algumas pessoas ironizam que conquanto os chimpanzés -com os quais compartilhamos 99% de material genético- receberam direitos humanos, não somos tão generosos com muitos seres humanos que vivem em uma escravidão moderna.
Por suposto, este veredicto deixa tudo em uma zona cinza sumamente ambígua. Que animais são pessoas? Dizem que os elefantes e os golfinhos também poderiam receber direitos similares. Quais não? Que ocorre quando uma pessoa chama a outra de "macaco" ou algo assim (sem referência ao racismo)? Será visto como uma espécie de ofensa aos chimpanzés ou aos humanos? De qualquer forma, parece ser uma decisão nobre.
Via | ABC.
Notícias relacionadas:
Comentários
Nenhum comentário ainda!
Deixe um comentário sobre o artigo
Comentários devem ser aprovados antes de serem publicados. Obrigado!