Descobrem por que a maconha desperta a larica

LuisaoCS

Descobrem por que a maconha desperta a larica

Para surpresa dos cientistas, os canabinóides ativam uma região que é considerada chave na sensação de saciedade e provocam o efeito contrário ao esperado. Este achado pode ajudar a desenvolver fármacos para alguns transtornos alimentícios.

Segundo as cifras da organização das Nações Unidas (ONU), 177 milhões de pessoas consomem maconha no mundo. E uma boa parte deles estarão familiarizados, sem dúvida, com os recorrentes ataques de fome que acontece com esta substância, apesar de que um esteja saciado. Durante muitos anos, os cientistas analisaram quais são os ingredientes que produzem esta resposta, até o ponto de ter desenvolvido produtos análogos que servem para despertar o apetite em pessoas com anorexia, por exemplo, mas um estudo publicado esta semana na revista Nature, intitulado "Hypothalamic POMC neurons promote cannabinoid-induced feeding", demonstra que o mecanismo é mais complexo do que se pensava.


Até agora conheciam o papel chave e um receptor canabinóide (CB1R) na ativação de um grupo de neurônios do cérebro que produzem pró-opiomelanocortina (POMC), um polipeptídeo precursor de outras proteínas que funciona como uma espécie de chave que dá o sinal para sentirmos a saciedade. Pois bem, durante diferentes estudos com ratos, a equipe de Tamas Horvath descobriu que os neurônios que produzem esta substância se sobre-excitam durante o consumo de cannabis e que, ao invés do que caberia esperar, a resposta não é sentir saciedade senão justo o contrário.

O interessante do trabalho não são tanto os efeitos da maconha que já são conhecidos, senão a descoberta de que os canabinóides invertem o sistema de inibição do apetite, que resulta ser mais complexo do que se cria. De fato, os neurônios que participam no processo têm conexões com mais de 100 regiões cerebrais e parte delas participam na segregação de insulina ou nos processos afetados pela leptina. Mesmo assim, este pequeno passo pode ajudar a desenvolver novas estratégias contra os transtornos do apetite.

Via | Science Daily.


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