Cientistas concluem que o orgasmo vaginal e o ponto G não existem
Por anos, as mulheres declararam sentir diferentes tipos de orgasmos: internos e externos, cervicais ou clitorianos (ou inclusive clímax fantasmais nos quais o tato sobra). Agora, um novo estudo científico assegura que tudo isso é mentira; que não existe tal coisa como um ponto G ou um orgasmo vaginal e que o único clímax possível para uma mulher é por meio do clitóris, assim como os pequenos lábios.
Os especialistas em medicina sexual e sexólogos decidiram recentemente que "precisavam ter certezas em relação ao orgasmo feminino, em vez de hipóteses ou opiniões pessoais" do tipo que publicam as revistas populares. Argumentaram que a anatomia feminina simplesmente não avaliza as noções de orgasmo que temos até agora, e que a estimulação do clitóris é o único caminho ao clímax.
Segundo o sexologista Vincenzo Puppo, co-autor do artigo, a pesquisa prova que, em uma relação heterossexual, a ejaculação não deve significar o fim do sexo para o casal.
- "Carícias e beijos podem continuar indefinidamente, e sexo sem coito após a ejaculação pode ser usado para gerar um orgasmo feminino", disse o pesquisador.
A possibilidade da quase exclusividade do clitóris na hora de conseguir prazer também explicaria a grande dificuldade que algumas mulheres têm em chegar ao clímax. Nesses casos, possivelmente o clitóris seja menor e mais afastado da vagina, o que dificultaria o estímulo durante a penetração. Segundo os pesquisadores, pese que orgasmo dependa de variantes complexas, o tamanho e a localização do clitóris sim são determinantes na equação.
Para chegar a esta ultimação, o estudo realizou ressonâncias magnéticas da cavidade pélvica de 30 mulheres de 32 anos. Dez delas diziam ter algum impedimento para alcançar um orgasmo, enquanto as outras voluntários não relataram dificuldades em relação ao sexo.
Com as novas descobertas, os cientistas esperam que possam ajudar mulheres que sofrem de anorgasmia, a disfunção sexual que impede o prazer sexual seja por fatores orgânicos ou psicossociais.
De qualquer forma os cientistas não levaram em evidência a experiência empírica de mulheres que afirmam que conseguem chegar ao orgasmo por diferentes vias, ou ao menos isso é o que crêem experimentar, algo assim, então como uma classe de placebo sexual.
Em resumo, estudar a sexualidade feminina é algo muito complexo, e assegurar que o orgasmo vaginal feminino não existe pode ter envolvimentos delicados. Como, "tiririca da vida", aponta Kayt Sukel para o New Scientist, parece que algumas pesquisas estão tomadas de normas sociais e expectativas; que diferentes laboratórios querem ter a última palavra e brigam entre eles em vez de trabalhar juntos.
Todos sabemos que as mulheres chegam a diferentes tipos de clímax por diferentes vias -ao menos elas acreditam nisso e parece ser suficiente-. No entanto, até que os cientistas queiram realizar um estudo interdisciplinar e colaborativo, não há maneira de que um estudo como estes seja muito confiável para embasar temas relacionados com a sexualidade feminina.
Via | Daily Mail.
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