Encontram relação entre odor corporal e preferência política
O olfato, acima de qualquer outro de nossos sentidos, parece ser o mais congruente política e amorosamente. Ao menos isso parece revelar uma pesquisa da Universidade de Brown, onde 146 pessoas entre 18 e 40 anos realizaram um curioso experimento: "cheirar" as preferências políticas de outros poderia estar relacionado à atração sexual.
Ainda que os sociólogos saibam há tempos que os casais com relacionamento prolongado tendem a compartilhar ideias políticas, a relação com o olfato é menos clara. Para testá-la, os pesquisadores criaram uma escala de sete níveis para situar os participantes dentro do espectro político.
Depois, pediram que 21 participantes (10 liberais e 11 conservadores) colocassem pequenas faixas de gaze sob as axilas, consignando que não deviam realizar atividades que pudessem afetar o cheiro natural durante 24 horas e que ademais não fumassem, bebessem, comessem alimentos condimentados, não fizessem sexo, brincassem com mascotes e nem utilizassem desodorante.
No dia seguinte, os 125 participantes cheiraram cada trapinho -limpando o olfato entre cada cheirada com um pouco de azeite de pimenta- sem que soubessem a quem pertencia. Os participantes preferiram o cheiro dos gazes daqueles com quem se identificavam politicamente, apesar de que não se conhecessem.
A hipótese é que os humanos tendem a se agrupar com aqueles que compartilham suas posturas ideológicas. Segundo o estudo:
- "Se as atitudes sociais estão relacionadas ao cheiro, como sugere a literatura, então um mecanismo de preferências olfativas que se transfere de pais para filhos poderia operar através da escolha de casal. Deste modo, os processos sociais poderiam regular alguns dos caminhos pelos quais os indivíduos preferem àqueles cujo aroma ideológico é compatível com o seu".
Talvez por causa de sua relação com o nariz, as mentiras políticas sigam se caracterizando com a famosa imagem de Pinóquio.
Via | Science Daily.
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