O que teria acontecido caso os dinossauros não tivessem sido extintos?
Lembram da "Família Dinossauros", daquela imagem real de uma família tipicamente americana composta por dinossauros que vivem em um mundo civilizado dominado pelos dinossauros? A proposta da série, em tom de comédia, era que os dinossauros não se extinguiram e que evoluíram até atingir nossa forma de vida atual. Mas e se os dinossauros não tivessem sido extintos, poderiam ter evoluído até desenvolver um cérebro inteligente, se convertendo em Sauros-Sapiens?
O descobridor do Stenonychosaurus inequalis, mais tarde reclassificado como sendo membros da espécie Troodon formosus (Troodonte), o canadense Dale Russell, sustenta que sim. De fato, sua descoberta foi o de um dinossauro que praticava o bipedismo com uma postura semi-ereta e uma garra com três dedos, um deles oponível, o que lhe outorgava a capacidade de segurar objetos.
Outro exemplo de dinossauro mais evoluído foi o Acrotholus audeti, família dos Paquicefalossauros, que era herbívoro, caminhava de forma bípede e media 1,83 metros. Os Hadrossauros também eram bípedes com sensos de audição, vista e olfato muito desenvolvidos.
Todos eles deixaram de evoluir ao se extinguir e dar passagem aos mamíferos, algumas aves, peixes e répteis de pequeno porte. Mas quem sabe o que teria ocorrido se não tivesse acontecido semelhante extinção, tal e qual explica
Jorge Blaschke em "Cerebro 2.0: el gran enigma del universo":
"Indubitavelmente ao adquirir uma postura mais ereta o rabo desapareceria, o pescoço se encurtaria para poder suportar uma cabeça com um crânio de maior peso por causa do aumento do cérebro. Poderia ser um ser vivíparo ou ovíparo, e as fêmeas alimentariam seus filhotes regurgitando a comida. Quanto aos órgãos sexuais dos seres masculinos, retrairiam para o interior do corpo como seus antepassados. De alguma maneira estes seres poderiam se comunicar como nós se sua laringe tivesse a disposição adequada."
Mais importante para nós, como espécie, é que se os dinossauros não tivessem desaparecido, um outro bicho talvez nunca teria pisado o barro da Terra: o homem. Pesquisas indicam que mamíferos evoluíram antes dos dinossauros, durante o Triássico -entre 250 milhões e 200 milhões de anos atrás-.
No Jurássico e Cretáceo -entre 200 milhões e 66 milhões de anos atrás-, os dinossauros se estenderam pela Terra e atingiram grande tamanho; e os pequenos e furtivos mamíferos quase foram extintos devido à grande predação dos dinos.
No finalzinho do Cretáceo então ocorreu a extinção dos grandes répteis, possibilitando que durante os períodos vindouros, Paleoceno e Eoceno, ocorresse a expansão e crescimento em tamanho dos mamíferos. Desses dados, podemos inferir que, se os dinossauros não tivessem sido extintos, não haveria a expansão dos mamíferos e, portanto, não haveria o desenvolvimento dos Primatas e, depois, de nós.
Assim, não é nada disparatado pensar que a sátira concebida como um programa infantil, que fazia uma crítica bem humorada ao chamado "american way of life", fosse hoje uma realidade, com dinos inteligentes ocupando nossos lugares, pensando e discutindo como deveria ser o mundo se os frágeis e saboros mamíferos tivessem herdado a Terra, enquanto um filhote espoleta se ocuparia de negar a dizer "papai".
- "Não é a mamãe! Não é a mamãe!"
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