Bebida quente, proximidade social
Temos o costume de definir os sentimentos como cálidos. Se uma pessoa é distante, dizemos que é fria. São apenas metáforas, mas segundo um estudo publicado na Psychological Science, a experiência real de calor ou de frio também parece influir em nossa percepção das relações sociais.
O estudo incluiu duas experiências. No primeiro experimento, um grupo de voluntários recebia uma bebida fria ou quente, e a seguir pediram que preenchessem um questionário e que selecionassem uma pessoa conhecida para avaliar a relação que tinham com ela. Os que receberam a bebida fria escolheram alguém distante e os demais, uma pessoa mais próxima.
Durante o experimento, em um dado momento, perguntaram aos participantes se estes eram conscientes de que estavam sustentando uma bebida quente ou uma bebida fria. Não o foram. Ademais, os resultados ofereciam uma correlação: os que sustentavam a bebida quente manifestaram um nível de proximidade maior que os que seguravam bebidas frias.
O segundo experimento consistiu em comprovar a diferença que se estabelece ao contemplar uma cena filmada em uma habitação fria ou em uma quente. Os da habitação quente empregaram também uma linguagem mais concreta para descrever a cena com respeito aos da habitação mais fria, que empregaram uma linguagem mais abstrata: isto é, mais do tipo "João bateu em José" (concreto) antes de que "João estava chateado com José" (abstrato). A linguagem concreta está vinculada com a proximidade social.
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