Toda sorte de delírios e déjà vu são produto de uma defeituosa “prova de realidade”

LuisaoCS

Toda sorte de delírios e déjà vu são produto de uma defeituosa “prova de realidade”

Aparentemente, existem mais delírios dos que comummente conhecemos. Existe, por exemplo, o delírio chamado Capgras, que é a ilusão dos dublês. Após um dano severo no cérebro, uma pessoa pode regressar a sua vida normal achando que sua família é uma impostora. Isso é detonado por uma falta de “familiaridade” nos rostos que vê. A Síndrome de Capgras é quando uma pessoa sofre de uma crença ilusória de que um conhecido, normalmente um membro muito próximo da família, foi substituído por um impostor idêntico.


Outro delírio muito parecido é o Fregoli, que se distingue por detonar o contrário do déjà vu; um jamais vu: a sensação de desconhecimento absoluto evocado por um lugar familiar e a pessoa acredita que está sendo perseguido por pessoas conhecidas, como parentes, amigos ou colegas. Mas este tipo de sentimentos não se convertem em delírios para as pessoas cuja “prova de realidade” (reality testing) está intacta.

- "Um exemplo de uma prova de realidade normal é a pessoa que sofre de uma dor de cabeça, imediatamente pensa que tem algum problema, talvez um tumor cerebral, e depois o descarta e segue com sua vida", anota o professor Philip Gerrans da Universidade de Adelaide. Sua pesquisa sugere que as razões pelas quais algumas pessoas não podem se ver livres de seus delírios, não obstante que expliquem mil vezes que não são reais, é porque sua prova de realidade é defeituosa. E essas pessoas podem chegar a ser perigosas para elas mesmas e para os demais.

Seu cérebro, de acordo à explicação de Gerrans, funciona como os sonhos: os principais sistemas cognitivos do cérebro não distinguem a realidade, e seus testes carecem de objetividade. Por isso, um sonho pode ser tão real quanto a vigília.

Em seu artigo, o professor propõe um melhor entendimento do sistema de prova de realidade para poder curar às pessoas que sofrem deste tipo de delírios surreais.

- "Tentar tratar alguém que experimenta este tipo de delírios ao lhe dizer a verdade não necessariamente ajudará, de modo que precisamos desenvolver novas estratégias para assisti-los", conclui.


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