A ONU denunciou o Vaticano por permitir sistematicamente que os sacerdotes violem milhares de crianças. A organização mundial também exigiu que o Vaticano expulse imediatamente os clérigos suspeitos de abusar sexualmente de menores, em vez de continuar praticando o silêncio (no melhor dos casos), ou desqualificando a vítima e valorizando o agressor (no pior), como fazia o papa que "pediu para sair".

Acontece que Bento XVI, quando ainda era encarregado de zelar pela obediência aos termos do Crimen Solliciatonis, como diretor da Congregação para a Doutrina da Fé -responsável pelas expulsões e canonizações- andou encobrindo crimes podres de pedofilia. Foi nesse sentido que o Comitê de Direitos Humanos da ONU criticou a adoção, por parte do Vaticano, de políticas que permitiram aos padres violar e abusar sexualmente de dezenas de milhares de crianças pelo mundo todo, e instou a abrir os arquivos vaticanos sobre pedófilos e eclesiásticos que ocultam seus delitos.

Em seu relatório, emitido nesta quarta-feira, o comitê da ONU também criticou fortemente à ICAR por suas atitudes em relação á homossexualidade, a anticoncepção e aborto e convidou o Vaticano a revisar suas políticas para garantir os direitos das crianças e seu acesso à atenção sanitária.

O comitê emitiu suas recomendações após submeter o Vaticano a um interrogatório no mês passado sobre a aplicação da Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças, o principal tratado internacional que garante os direitos de menores.

Por sua vez, o serviço de imprensa da Santa Sé publicou um comunicado em sua página oficial no qual afirma que a ICAR "levará em conta" o relatório, mas assegura que "alguns artigos do documento são uma tentativa de interferir nos ensinos da Igreja católica sobre a dignidade humana e a liberdade religiosa".

Sei, liberdade religiosa sobretudo no quesito "vinde a mim as criancinhas!". O caso é que toda vez que alguém mira nos podres de qualquer religião, esta logo recorre e se esconde atrás do argumento da "liberdade religiosa", quando não tem nenhuma vergonha na cara em incorrer paradoxalmente contra a mesma, quando pratica a intolerância religiosa ou tenta empurrar seus deuses garganta a baixo de quem não precisa deles.

Via | The Journal.

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