Anestesistas descobrem um possível terceiro estado de consciência
Com uma dose adequada de anestesia, alguns poucos pacientes acordam durante a cirurgia. No entanto um estudo recente indica a possibilidade de um estado mental no qual um paciente não está completamente consciente nem completamente inconsciente.
De acordo ao anestesista da Universidade St. John na Inglaterra Dr. Jaideep Pandit, este possível terceiro estado de consciência é um no qual os pacientes podem responder a ordens, mas não sentem a dor da cirurgia.
Pandit chamou este estado de "dysanaesthesia" (disanestesia) e apontou que a evidência que existe vem em parte de um estudo recente no qual 34 pacientes de cirurgia foram anestesiados e todo seu corpo foi paralisado exceto por seu antebraço, lhes permitindo mover seus dedos em resposta a ordens ou para indicar que estavam alertas ou sentindo dor pela cirurgia.
Pandit argumenta que os pacientes que responderam com seus dedos não estavam conscientes, senão em um estado mental diferente ao da consciência normal. Esta descoberta significa, ao menos, que os médicos estão prestando atenção aos fenômenos mentais que acontecem sob a influência da anestesias, e que sim existem estados mentais diferentes dos convencionais "consciente" ou "inconsciente".
Até agora somente comprovaram que os pacientes anestesiados respondem a comandos, mas levando em conta que os pacientes que "acordam" da anestesia costumam ser agressivos (e depois não recordam nada), é muito provável que no tal estado de "disanestesia" os pacientes também se dêem conta do que os médicos estão fazendo com seu corpo e sintam uma espécie de tristeza ou apreensão.
Nos comentários do Live Science alguém compara a disanestesia com a sensação que temos quando somos anestesiados para fazer uma endoscopia -só quem fez, sabe como é-, entretanto não prossegue, pois em geral a sedação da endoscopia é feita com um opióide em conjunto com um benzodiazepinico, enquanto o primeiro anestesia, o segundo relaxa e causa amnésia, resultando na estranha sensação de não lembramos de nada que foi realizado no diagnóstico médico.
Via | Live Science.
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