Cientistas apresentam vacina que destruiu um vírus equivalente ao HIV em macacos

LuisaoCS

Cientistas apresentam vacina que destruiu um vírus equivalente ao HIV em macacos

Nos meses recentes ficamos sabendo ao menos de um par de pesquisas que apresentaram resultados que geram esperança para a cura da AIDS. Em abril, por exemplo, cientistas dinamarqueses asseguraram que em pouco tempo teriam uma cura para a doença; poucas semanas antes pesquisadores do Instituto Pasteur mostraram os casos de 14 adultos que foram curados do HIV e mais ou menos pelos mesmos dias médicos curaram um garoto de 2 anos que nasceu com dito vírus.

Agora um grupo de pesquisa da Oregon Health and Science University, nos Estados Unidos, anunciou que uma vacina foi capaz de eliminar o equivalente ao vírus da imunodeficiência humana do corpo de 9 de 16 macacos com os quais experimentaram. Os resultados são importantes porque apesar de tratar-se de espécies diferentes, é possível que o sucesso do teste replique em seres humanos.


O estudo consistiu em inocular macacos Rhesus com um vírus conhecido como SIVmac239 (de SIV: Vírus de Imunodeficiência Símia, por suas siglas em inglês), que é equivalente ao HIV, só que 100 vezes mais letal, motivo pelo qual usualmente os animais infectados morrem em 2 anos ou menos.

Por outra parte, a vacina em questão foi desenvolvida a partir do citomegalovirus (CMV), que pertence à família do herpes. O surpreendente do experimento é que os cientistas conseguiram manipular a capacidade de infecção do CMV para reforçar o sistema imunológico dos macacos e fazer com que este combatesse com maior ímpeto.

- "Mantém uma força armada que patrulha todos os tecidos do corpo, o tempo todo, indefinidamente", declarou Louis Picker, do Instituto de Terapia Genética e Vacinação da referida universidade.

Os macacos foram vacinados e depois expostos ao vírus. Nos casos de sucesso, a infecção começou a estabelecer-se e espalhar-se, mas logo o sistema imunológico dos animais reagiu e eliminou todo rastro do vírus. Um efeito, ademais, que se revelou duradouro, pois os macacos que se curaram deste modo seguem livres da infecção até três anos após ter recebido a vacina.

Agora o seguinte grande passo será levar estes resultados ao contexto do corpo humano. No momento a equipe de pesquisa espera a aprovação das autoridades correspondentes, mas talvez os experimentos com pessoas poderiam começar em menos de dois anos.

Via | BBC News.


Notícias relacionadas:

 

Comentários

Nenhum comentário ainda!

Deixe um comentário sobre o artigo











Comentários devem ser aprovados antes de serem publicados. Obrigado!