Fumar e consumir grades quantidades de álcool é uma combinação que acontece com frequência. Alguns bebedores, inclusive se não são fumantes em tempo integral, não lhes ocorre melhor ideia do que fumar quando estão bebendo. Lamentavelmente para todos eles, parece que esta combinação é muito pior que as partes isoladas.

Os pesquisadores da UCL (University College London) descobriram que os efeitos desta combinação na cognição são consideravelmente mais prejudiciais, de acordo com um novo estudo publicado no British Journal of Psychiatry. Seu efeito combinado tem um declive cognitivo 36% mais rápido que comparado ao dos não fumantes que bebem moderadamente.

A equipe de pesquisa avaliou a 6.473 adultos (homens e mulheres) entre 45 e 69 anos de idade, por um período de 10 anos. Perguntaram a todos os participantes a respeito de seu consumo de álcool e cigarros, e sua função cognitiva -incluindo razoamento verbal e matemático, memória verbal em curto prazo e fluidez verbal- que foi reavaliada 10 anos depois. O resultado foi que a cognição dos fumantes e bebedores envelhece 2 anos mais depressa que a das pessoas não fumantes e moderadas no consumo de álcool.

- "Desde uma perspectiva de saúde pública, a crescente carga associada com o envelhecimento cognitivo poderia ser reduzida se os fatores de estilo de vida podem ser modificados", apontou o Dr. Gareth Hagger-Johnson, líder da pesquisa.

- "Nós achamos que as pessoas não deveriam consumir álcool achando que seu excesso é um fator protetor contra o declive cognitivo. O conselho atual é que os fumantes deveriam deixar de fumar ou fumar menos, e as pessoas em geral deveriam evitar beber em excesso. Nosso estudo sugere que as pessoas, sobretudo, não devem combinar estes dois comportamentos danosos a saúde e ao cérebro; particularmente da idade adulta em diante", concluiu.

Via | PsyPost.

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