Existe entre os humanos um gene encarregado de regular o ciclo celular e suprimir os tumores chamado BRCA1 (por 'breast cancer 1', câncer de mama em inglês), que tem mais de 600 mutações identificadas, onde muitas destas variações implicam um grande risco de gerar câncer de mama.

Conquanto o câncer hereditário só ocorre entre 5% e 10% dos casos, mediante uma simples análise de sangue qualquer pessoa pode identificar uma mutação genética que esteja vinculada a maiores riscos de desenvolver um tumor.

A reconhecida atriz de 37 anos, Angelina Jolie, anunciou mediante uma coluna de opinião no New York Times que realizou este exame, devido a que sua mãe tenha morrido vítima de um câncer de ovário em 2007 aos 56 anos, e descobriu que tinha uma variação do gene BRCA1 que significava um risco de 85% de desenvolver câncer de mama entre os 18 e os 90 anos, e entre 25% e 40% de possibilidade de desenvolver um câncer no ovário.

Ante esta situação, a atriz tomou a decisão de realizar uma dupla mastectomia para assim reduzir as possibilidades de desenvolver um câncer.

- "Comecei com meus seios porque meu risco de ter câncer de mama é mais alto que o de um câncer de ovário, e a cirurgia é mais complexa", afirmou a atriz, que assegurou que a ideia de divulgar sua situação é criar consciência entre outras mulheres para que realizem este tipo de exames.

Os especialistas explicaram que não é exatamente a mesma operação à que são submetidas as pessoas que padecem de câncer de mama, pois não extirpam por completo a glândula mamaria, já que deixam, por exemplo, o mamilo, suas veias e artérias. No entanto, esta operação reduziu o risco da atriz de desenvolver câncer de mama em 5%.

Via | NYTimes.

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