A história das gifs animadas
Aberrantes para uns, elementos indispensáveis da história da Internet para outros, desde sua invenção as gif animadas despertaram todo tipo de sentimentos: entre o ódio e a admiração artística. O que era uma ideia original da CompuServe como formato de intercâmbio geral foi adaptado pelos navegadores da época, apesar de suas limitações técnicas; logo os usuários descobriram uma de suas mais curiosas possibilidades: podiam conter imagens animadas (Uhull!).
O caso é que a gif animada com imagens chegou fora de seu tempo, um pioneiro muito gordo e pesado (tamanho do arquivo) para uma época em que o transporte era leve e limitado (velocidade da internet). Associado a isso webmasters incautos fascinados passaram a publicar gifs em todos os lugares, inclusive aninhadas dentro de células de tabelas, dentro de células de outras tabelas... (Fudeu tudo!).
Os browsers ainda não eram bem resolvidos e trabalhavam em etapas para renderizar o conteúdo HTML e enquanto uma tabela (<table>) não estivesse integralmente carregada nada mais era mostrado. Agora imagine só o efeito cascata de colocar imagens pesadas dentro das células destas tabelas: um delay enorme para carregar todo o conteúdo, que invariavelmente terminava com o travamento obrigando a reiniciar o PC. Por essa e outras as gifs passaram a ser odiadas e sua má fama alcançou tags tão úteis como as tabelas que quase mereceram o temido carimbo de "Obsoleto" da W3C.
Mas hoje que as gifs fizeram uma lipo e os transportes foram melhorados, voltaram com força total (uma espécie de ressurreição): gatos, bebês, tombos... todo um ramo da memética desenvolvida a base de repetir os mesmos fotogramas uma e outra vez, até o infinito.
Desde aqueles gifs animados da "Página em Construção" até os incríveis Cinemagraphs atuais com toques vintage e modernos, decorreram quase 25 anos. Mais que suficiente para repassar sua história em um simpático mini-documentário da PBS DigitalStudios (pena que está em Inglês).
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Comentários
Ainda acho que são coisas do demônio... brincadeira... não, é sério, não tem como existirem.
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