Para além da vida... digital
Nesta montagem, feita por uma agência de publicidade em uma praça de Bruxelas (Bélgica), cuidaram até mesmo dos pequeno detalhes: um adivinho com pinta de guru new age chamado Dave, um convite a ler a mente, um ambiente de cores brancas e inocentes... E toda uma série de detalhes para fazer com que os convidados relaxassem, com uma desculpa de que era um teste para um futuro programa de televisão que exibiria o abraço de boas-vindas, o contato visual do mais perfeito leitor de mentes e toda esta papagaiada que leva gente mediana a crer nas maiores bobagens.
Durante as sessões é possível ver como os protagonistas vão ficando cada vez mais e mais alucinados quando o mentalista "adivinha" coisas pessoais sobre eles, coisas pessoais que ninguém mais sabe, incluindo algumas tão íntimas como tatuagens ou preço da casa que estão vendendo. Há que ver o final...
O vídeo procede de uma campanha belga sobre segurança ao utilizar os bancos on-line, safeinternetbanking.be. Em outros espetáculos similares a realidade não é muito diferente, como já lemos até a saciedade em muitos livros: adivinhos, médiuns e pregadores pesquisam antes as vidas das pessoas que "vão ler a mente" ou com cujos familiares vão contatar. Podem utilizar a Internet ou, mais habitualmente, banco de dados pessoais vendidos na própria rede. Os entrevistados, neste caso, não associam o rastro que deixaram em uma entrevista prévia ou no cartão de visita ou identificação ou qualquer outro meio que permite a qualquer um saber seus dados.
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Comentários
Óh my God! Desse jeito os gurus irão perder seus empregos!
O princípio do procedimento descrito no último parágrafo é o mesmo utilizado por astrólogos e outros pseudo-profissionais/charlatões.
Num fórum de Astronomia, há alguns anos, explicaram como astrólogos "acertam" detalhes sobre a vida de uma pessoa: basicamente, têm uma conversa inicial, preparatória, onde induzem a "vítima" a contar algumas de suas características e fatos do passado e do cotidiano. Depois, na hora de fazer a "leitura", os charlatões apontam o óbvio, aquilo que a pessoa lhe contou, antes, mesclando as informações com explicações "técnicas" e comentários "importantes". O pior de tudo: conseguem ser convincentes, e a pessoa nem percebe que ela própria foi quem revelou tudo, antes.
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