A desigualdade do mundo representada com o logotipo das Olimpíadas
Os Jogos Olímpicos começaram e com eles a intensa campanha de comercialização de produtos esportivos ou qualquer outro promovido por atletas em evidência -não aguento mais ver a cara do Neymar-. E conquanto não seja justo solapar o aspecto benemérito das atividades esportivas e sua competitividade, também é verdade que paralelamente corre uma tendência a reduzir todo o acontecimento a um vasto espetáculo cheio de clichês e símbolos grandiloquentes, mas em última instância vazios.
Como resposta a isto, o pintor e designer Gustavo Sousa utilizou os anéis que formam o símbolo das Olimpíadas -representando os cinco continentes- para expressar algo totalmente diferente e de alguma maneira inclusive incômoda em frente ao discurso dominante. Sousa, um pouco mais sincero, preferiu fazer deste logotipo uma espécie de gráficos que mostram a iniquidade de nosso mundo.
- "Os anéis representam a concorrência saudável e a união, mas sabemos que o mundo não é perfeito. Talvez entender as diferenças seja o primeiro passo para fazer as coisas mais iguais para todos", diz Sousa a propósito de seu projeto oceaniaeuropeamericaasiaafrica.
Assim, realidades como a obesidade, a distribuição da riqueza, a AIDS, os homicídios ou a militarização, servem como um manifesto nesta redefinição do símbolo tantas vezes visto, um choque um tanto violento que sem dúvida tem a intenção de gerar a curiosidade pelos dados que são expostos dessa maneira.
- "Eventos como este podem ser um bom momento para a reflexão", conclui o artista.
Nas imagens, Oceania é o aro de cor azul, Europa o negro, América o vermelho, África o amarelo e Ásia o verde.
Via | Co Design.
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