Só há duas coisas certas neste universo: a colisão de nossa galáxia e a morte do Sol
Diz-se, coloquial e humoristicamente, que só há duas coisas seguras neste mundo: a morte e os impostos. A nível cósmico, no entanto, estas realidades empalidecem por verdadeiros processos que poderíamos ser denominados catastróficos porque essa é a própria essência do universo: o caos, a colisão, a destruição criadora. Uma espécie de dialética cósmica que resulta espantosa em sua imensidão.
Assim, como propõe Ray Villard do Discovery, em nossa vasta residência cósmica só dois acontecimentos são igualmente inevitáveis: a violenta fusão da galáxia de Andrômeda com a Via Láctea; e, por outra parte, a morte do Sol, a razão de existir de nosso sistema.
Do primeiro acontecimento a informação circulou com bastante profusão dias atrás, quando astrônomos do Instituto Científico do Telescópio Espacial de Baltimore, nos Estados Unidos, informaram que as galáxias se encontram em um estado natural de colisão e mistura, processo que não exclui às duas mencionadas, que eventualmente terminarão fundindo-se em uma só.
Este processo é impulsionado por uma das forças mais consubstanciais do universo, sem a qual este não se explicaria e que de alguma maneira o mantém coeso e em ordem: a força da gravidade.
Quanto ao Sol, sua consumação é um tanto mais eloquente, poética inclusive, pois como sabemos seu corpo perde calor inevitavelmente até que chegue o dia em que esfriará por completo. Isto acontecerá dentro de 6 bilhões de anos (2 bilhões de anos a mais que a colisão galáctica).
De acordo com Villard , fora estes dois acontecimentos, todo o demais é meramente probabilístico. Fala-se, por exemplo, desde a Teoria do Caos, de um eventual choque entre Marte e a Terra, em apenas dois bilhões de anos. Igualmente há uma probabilidade ínfima de que uma estrela ou um buraco negro passe próximo do Sol, com terríveis conseqüência para o astro. Curiosamente, ainda que incertos, estes eventos incrementam a probabilidade de que aconteçam conforme Andrômeda e a Via Láctea se aproximem uma da outra.
Ainda que agora não saibamos com muita precisão como se originou o universo, sobre seu fim não cabem mais que especulações. Um dos cenários mais inquietantes, mas de alguma forma compreensível, é o proposto pela física quântica, segundo o qual acontecerá uma "fase de transição" quando o universo deixará de existir subitamente para dar passagem a uma onda de nada que se propagará pelo espaço à velocidade da luz.
O resto... o resto é silêncio profundo e ensurdecedor.
Via | Discovery.
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Comentários
Mas que tédio heim? O universo é muito enfadonho, parece até um grande velhinho sentado numa cadeira de balanço, com uma manta no colo, chinelos, uma mesinha ao lado com leitinho quente e bolachas, uma bengala recostada à mesinha e, a cabeça do velhinho caída para frente, e ele tirando uma profunda e tranquila soneca, sossegado, sem pressa, sem barulho, sem ruído, sem nada...
Óh, que tédio...
Sobre o Sol eu já sabia há tempos. Quanto à colisão, li recentemente.
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