O transistor de um átomo que pode pulverizar a Lei de Moore
A Lei de Moore parece (ou parecia?) imutável, mas não há nada que o progresso da Ciência e da tecnologia não possam superar. Essa premissa que indica que o número de transistores dos chips duplica a cada 18 meses está a ponto de passar à História se confirmar-se a possibilidade de levar à prática o estudo publicado na revista Nature Nanotechnology que está sendo pesquisado na Universidade de Nova Gales do Sul, um transistor baseado em um único átomo. Mudaria a informática tal e qual a entendemos.
A redução dos componentes que fazem parte de um processador encontra limites físicos em sua tendência ao invisível. Ainda que já existam avanços no sentido de que a única forma de seguir miniaturizando-se os componentes de um processador seja mediante o recurso dos átomos, este estudo é o primeiro que parece realmente factível.
O transistor em questão é um único átomo de fósforo ligado a um leito de silício com canais para controlar o fluxo da carga elétrica e contatos metálicos para aplicar tensão em um processo repetitivo e portanto susceptível de chegar a ser comercializado em um futuro não muito distante.
Desde diversas instâncias acadêmicas falam desta descoberta como "uma obra de engenharia absolutamente fantástica" e que abre uma porta a toda uma geração de processadores como até agora só existiam nos melhores sonhos de eletrônicos.
Só tem um probleminha (nadica de anda mesmo) que impede a aplicação da tecnologia agora: o átomo de fósforo deve ser mantido, para funcionar corretamente, a uma temperatura de -235º C como forma de evitar que se desloque do lugar onde é colocado. Imaginem só como refrigerar este computador.
Via | New Scientist.
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