Erupções solares e auroras, a combinação perfeita para um time-lapse
Na semana passada aconteceu uma das maiores erupções solares dos últimos anos e, claro está, quando uma ejeção de massa solar chega à Terra e se choca com os pólos norte ou sul da magnetosfera terrestre, acontecem os fenômenos das auroras (boreal ou austral), isto é, o aparecimento de uma luz que se projeta sobre a ionosfera e que, aos nossos olhos parece um espetáculo de grande beleza. Esta erupção solar derivou em uma labareda catalogada como M8.9 e, como era de esperar, propiciou o aparecimento de auroras boreais e austrais no passado dia 24 de janeiro que foram captadas por alguns fás da astrofotografia que publicaram as imagens em forma de time-lapses de grande beleza.
Estamos acostumados a ver fotografias e time-lapses que mostram a aurora boreal, no entanto, não é habitual encontrar montagens nos quais possamos ver o equivalente do hemisfério sul, isto é, a aurora austral. Paul J. Penton armado de uma câmera Canon 60D, uma objetiva Tokina 11-16 com 12mm ISO 2500 F2.8 e um período de disparo de 13 segundos, foi capaz de captar a aurora austral (as luzes de cor violeta que aparecem no vídeo) desde a praia Flinders no estado de Vitória (Austrália) na noite de 25 de janeiro.
Já no Canadá, Jesse Thompson também foi capaz de captar com sua câmera o fenômeno provocado pela maior tempestade magnética sofrida pela Terra nos últimos 6 anos. Conquanto o continente europeu era a melhor zona para a observação, desde Canadá foi possível captar uma ótima coleção da tormenta, algo que Thompson foi capaz de fotografar com uma câmera Canon 500D na noite de 24 de janeiro:
Alister Chapman decidiu gravar em tempo real o que estava acontecendo nos céus da Noruega na noite de 24 de janeiro usando uma câmera de vídeo Sony PMW-F3. Se a aurora boreal é bela em um timelapse, a gravação realizada por Chapman, pessoalmente, parece-me bem mais bonita. Poder visualizar ao vivo o espetáculo de luzes sobre o céu deve ser toda uma experiência. No instante 2:30 podemos ver, na zona central da imagem, a passagem de uma estrela cadente.
O vídeo que inicia este post é uma montagem realizada por Kasper Bak utilizando como base as imagens que enviam à página Aurora Sky Station e que procedem de uma câmera Canon EOS 1Ds Mk III com lente Canon EF 14 mm f/2.8 L II USM que está situada no telhado de um edifício na zona mais ao norte da Suécia e que, a cada 10 minutos, tira uma foto do céu. Tomando como referência ditas imagens, Bak montou um time-lapse (a 15 fotogramas por sengundo) no qual podemos ver, desde outra perspectiva, a aurora boreal da passada terça-feira.
Finalmente, despedimos-nos com um time-lapse que inspira muita paz e que foi captado em Tromsø (Noruega) por Tanel Saimre com uma câmera Canon EOS 350D na qual se configurou um tempo de exposição de 1 segundo e um período entre imagens de 2 segundos na primeira metade da seqüência e, na segunda metade, um tempo de exposição de 2 segundos com um período entre imagens de 4 segundos que, posteriormente, foram combinadas em um vídeo com 25 fotogramas por segundo.
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