Entre a violência e a magia, justo aí poderíamos situar esta incrível cena sexual entre dois polvos que se desdobram energicamente. Estes octópodes contam com múltiplas habilidades cognitivas e uma admirável maestria para executar malabares ópticos que lhes permitem camuflar-se em inumeráveis meios, o que resulta de um controle absoluto sobre sua pele.

Neste vídeo, captado no Estreito de Lembeh, na Indonésia, podemos apreciar um ato de cópula entre um macho e uma fêmea desta espécie. Durante este diálogo sexual, os polvos mutam em estranhos corpos que emanam inesperadas texturas. A interação resulta em uma abstrata coreografia que termina por consumar uma orgástica demonstração de amor octópode.


O polvo mímico recebe este nome porque além imitar a aparência de outras espécies, também o faz com seus movimentos. Dependendo do predador que está espreitando-o, ele irá imitar uma serpente marinha, um peixe-leão, um linguado, estrela do mar, concha marinha, medusa, e um grandessíssimo et cetera como poderá ver no outro vídeo depois do "polvoado" salto.

A maioria de espécies de polvo são muito flexíveis e um octópode do tamanho de uma bola de voleibol pode comprimir seu corpo até que fique do tamanho de uma latinha de refrigerante; o que explica como ele é capaz de imitar tantos animais diferentes.

Em parte deste segundo vídeo é possível apreciar o momento em que um de seus predadores, o peixe donzela se aproxima. Ele então adquire a forma de predador deste peixe, uma serpente marinha rajada, adotando uma cor negra e amarela e enterrando seis de seus tentáculos na areia enquanto agita seus outros dois em direções opostas.

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