Teria sido melhor eu ter ficado calada
Sabe, foi como se, de repente, as palavras saltassem à minha frente e, quando me dei conta, já havia dito aquilo que, no segundo seguinte, me arrependi. É o lapso, o “fora”, a gafe. A palavra que deveria ser evitada, mas parece escapar do nosso controle. Esse tipo de incidente é simplesmente normal. Uma situação constrangedora, da qual ninguém está livre. Mas algumas pessoas têm sérios problemas para lidar com aquilo que deveria ser apenas motivo de um leve mal-estar e uma boa gargalhada após algum tempo, os "erros irônicos" são um verdadeiro tormento para estas pessoas.
Parece que temos um censor interno que sinaliza o aparecimento de pensamentos inadequados. Assim que o sensor emite um alarme, um segundo processo é disparado – o suprimento do pensamento indesejável. O controle mental evita a revelação de pensamentos indesejáveis, monitorando a atenção e fazendo com que tentemos de forma consciente nos concentrar em outra coisa. Esse mecanismo costuma funcionar muito bem, mas pode falhar. Esses erros irônicos se produzem assim que os conteúdos reprimidos fogem do nosso controle. Mesmo que o recalque e a repressão sejam estratégias eficazes, frequentemente usadas, podem causar os lapsos, pois exigem muita atenção e investimento de recursos cognitivos.
Pessoas com tendência a depressão, ansiedade e timidez são os que mais temem cometer gafes – e mais sofrem som elas. Para estas pessoas, possíveis erros tornam-se uma ameaça constante. Não é uma boa ideia tentar se liberar de problemas emocionais lutando contra os pensamentos negativos, a censura mental fracassa mais ainda, você acaba por aumentar a concentração neles, entrando num perigoso circulo vicioso. O melhor é aprender a aceitar os pensamentos desagradáveis. Evite o evitar.
Se você se sente atormentado (a) por pensamentos intrusivos, que tal analisar diariamente suas próprias preocupações, incluindo tudo aquilo que te causa inquietação e que gostaria de reprimir? Registre por escrito seus tabus pessoais, aquilo que teme ou lhe causa vergonha. Mas antes, tome consciência deles para depois analisá-los. É importante encontrar distrações que não aumentem o estresse. Tudo que nos interessa e não cria uma sobrecarga emocional representa uma boa ocasião de se liberar do medo de cometer gafes. Mas atenção, estas orientações são válidas apenas para aqueles que se sentem capazes de lidar com seus temores, do contrário, busque ajuda de um médico ou psicoterapeuta.
Via | Mente e Cérebro.
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Comentários
O problema não é pensar, e sim deixar que as pessoas saibam o que voce pensa sem filtrar antes. (que psicopata, mas é assim mesmo). O filtro não é interno, mas sim externo. se voce tentar filtrar interno, vai bloquear sua mente, e vai ficar mal.
por favor corrijam "censor" e "idea" se possível !
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