Lytro, a câmera que nunca terá que enfocar
Lytro não é uma câmera qualquer. Sai do lugar-comum não só por sua singular forma, que parece inspirada em um estojo de batom. Dispõe de um zoom óptico de 8x, uma abertura constante de diafragma de F2 e captura 11 milhões de raios de luz. Uma das novidades apresentadas por esta peculiar câmera digital é que, graças a sua tecnologia de campo lumínico e sua óptica de microlentes, capta toda a luz e não é necessário enfocar nada, independentemente de que esteja fotografando perto, longe ou ambos.
Seu corpo de alumínio anodizado apresenta unicamente dois botões, um para efetuar a foto e outro para ligar e desligar a câmera. Para gerenciar o zoom há uma pequena superfície táctil que ao deslocar o dedo por ela indicará o nível de ampliação desejado.
A grande novidade desta câmera está em sua microlente que dispõe de centenas de diminutas lentes que capturam os raios de luz antes de que cheguem ao sensor. Desta maneira capturam a direção em que os raios de luz viajam e não só a soma dos mesmos, como faz uma lente tradicional. Posteriormente reconstrói dita informação para formar a imagem capturada. As câmeras Lytro vêm com um software específico para importar e processar as imagens. Como forma de cooptar os fanáticos e tolos macfags, publicitam que por enquanto este software é só para Mac, ainda que a versão Windows esteja sendo desenvolvida.
Ao ver e/ou editar a fotografia inclui-se na imagem a informação da luz de campo de forma que possível enfocar a parte desejada da fotografia. De fato depois de fazer uma fotografia pode-se tocar a tela táctil do visor para selecionar a zona que se deseje enfocar... repetimos, após ter capturado a imagem, já que a tecnologia deste tipo de câmeras capta toda a luz por não existir o conceito de enfoque prévio. Tudo quanto há ante a objetiva, independentemente de sua distância do mesmo, está "enfocado", ainda que por enquanto não está disponível a opção de fazer uma imagem com profundidade de campo infinita.
Outra curiosidade deste tipo de fotografia de captação do campo lumínico é que, por definição, a imagem é tridimensional. Pelo momento não está disponível, mas estão trabalhando também em aperfeiçoar o algoritmo que permita converter qualquer fotografia realizada com uma câmera Lytro em 3D. Adicionalmente o efeito seria bem diferente das 3D habituais porque para a cada espectador a perspectiva seria diferente.
A tecnologia de campo de luz foi desenvolvida pelo fundador da Lytro, o doutor Ren Ng, da Universidade de Stanford, sobre a miniaturização de dita tecnologia em um corpo simples de câmera fotográfica a fim de que tivesse uma aplicação prática na vida cotidiana. Até esse momento só era possível em condições de laboratório e mediante uma grelha especial com uma centena de câmeras situadas uma junto à outra em uma matriz que agora conseguiram comprimir na Lytro graças à tecnologia das microlentes.
A câmera será fabricada em três cores e há dois modelos. Os de cor azul e grafite têm 8 Gb de capacidade de armazenamento e custam $399, o modelo vermelho tem 16 Gb e custa $499, ainda que começarão a distribuição comercial só no começo do ano que vem.
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