O novo guerreiro do arco-íris leva o selo de sustentabilidade

Luna

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Restos do Rainbow Warrior


Há quarenta anos, um grupo de ativistas ambientais partiu do Canadá, em uma pequena e velha embarcação pesqueira com planos de bloquear testes nucleares dos Estados Unidos no Ártico. Desde então, os navios têm ajudado a salvar as baleias, a impedir o descarte de lixo radioativo no oceano ou mesmo bloquear remessas de madeira ilegal. A história do maior movimento ambientalista do mundo está ligada ao mar desde suas origens.


Em 1977, o Greenpeace procurava um barco que pudesse ser usado contra navios baleeiros e encontrou uma velha traineira enferrujada encostada na Ilha dos Cães, em Londres - O "Sir William Hardy". Apesar do mau estado, serviria. Mas a reforma custaria muito dinheiro. Foi graças a uma campanha de arrecadação de fundos, e a ajuda do WWF, que o Greenpeace conseguiu o quantia suficiente.

Após o trabalho duro dos voluntários, o navio foi totalmente remodelado e ganhou o nome de Rainbow Warrior. Pintado de verde, com um arco-íris na proa e ostentando as bandeiras do Greenpeace e das Nações Unidas - o Warrior levantou âncora nas docas de Londres, e fez história confrontando crimes ambientais ou desafiando governos até que, em 1985, o serviço secreto francês sabotou o navio, que foi ao fundo do mar, causando a morte do fotógrafo português Fernando Pereira. O objetivo do governo francês era evitar que as ações do Greenpeace atrapalhassem seus planos nucleares. E foi assim que o Rainbow Warrior virou sinônimo de resistência pacífica. Defendeu o meio ambiente em campanhas memoráveis por sete anos, até o fim.

O segundo Rainbow Warrior foi incorporado à frota do Greenpeace em 1989. O navio passou por dois anos de reformas que o transformaram em uma embarcação própria para ações. Depois de servir à causa ambientalista por 22 anos, ele tem uma nova missão: foi doado à ONG Friendship, de Bangladesh, será transformado em hospital flutuante e assistirá a população carente da baía de Bengali com o nome de Rongdhonu, que em bengali significa arco-íris.




Mas um novo e destemido defensor dos mares, o navio Rainbow Warrior III, já está nas águas, e parte para suas primeiras missões em defesa do meio ambiente. Projetado totalmente para o trabalho de ativismo ambiental. Rainbow Warrior III leva o selo de sustentabilidade. Em lugar dos combustíveis fósseis, seu principal motor será a força dos ventos. O design revolucionário do mastro e o posicionamento das velas foram otimizados para uma maior eficiência.

Sua operação por motores só será acionada em caso de condições do tempo adversas. Mesmo assim, seu casco foi desenhado para reduzir ao máximo o uso de combustíveis. O calor dos geradores será reutilizado no aquecimento da água a bordo, em cabines e banheiros, e para o pré-aquecimento das máquinas. O novo Rainbow Warrior III continuará a ser uma plataforma segura e funcional para campanhas e estudos. Sua infraestrutura inclui modernos equipamentos de comunicação e de pesquisa científica, dois botes salva-vidas e heliponto.

Tudo isso foi possível graças ao apoio de colaboradores de todo o mundo. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, patrocinando a compra de peças e outros equipamentos por meio da internet até que a construção do navio fosse finalizada. Assim como seus antecessores, o novo Rainbow Warrior viajará para as fronteiras da destruição ambiental, testemunhando e agindo contra crimes ambientais.

Via | Greenpeace.


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