Prepare-se para o seu novo eu
Já sabemos que nossas carcaças mortais estão com os dias contados. Não. Não estou falando de 2012. É que numa esquina de distância do futuro, além da possibilidade de vivermos por tempo indefinido, como vimos em outra oportunidade, seremos bonitos e teremos superpoderes. A tecnologia e a biotecnologia estão reinventando o corpo humano. Cegos voltarão a enxergar, surdos voltarão a ouvir, pessoas paralisadas voltarão a andar, pessoas feias (ou não tão bonitas) ficarão mais bonitas (menos o Luisão, é que ele já é bastante lindo). Serão uma revolução médica sem precedentes.
10 milhões de mulheres no mundo têm implantes de silicone.
Adeus silicone. Uma nova técnica traz implantes naturais, feitos com células da própria paciente. No procedimento que usa células-tronco para fazer os seios crescerem, com uma seringa é retirado cerca de 600 ml de gordura da barriga. Em seguida, a gordura é colocada numa máquina, onde é processada com enzimas que isolam as células-tronco misturadas às células adiposas. Por fim, as células-tronco são injetadas nos seios, onde formam novos vasos sanguíneos e novos tecidos - aumentando o tamanho dos seios. O resultado é como se a mulher tivesse nascido já com os seios maiores. O aumento é permanente e, como utiliza células da própria paciente, não há efeito colateral. O procedimento já foi testado com sucesso em dezenas de mulheres e agora aguarda a autorização do governo dos EUA.
A espetacular terceira dentição.
Quer dentes novos? Quando seus dentes derem adeus, nada de dentadura ou implante com pinos de titânio. As células-tronco também revolucionarão a questão estética do sorriso. O tratamento dentário do futuro será com aplicação de dentes naturais, feito com biomaterial da própria pessoa. Você deixaria uma amostra das suas células-tronco no dentista. Algum dente caiu ou está muito estragado? Basta tomar uma injeção na gengiva, onde as células-tronco darão origem a um novo dente, que nascerá de 2 a 3 meses depois.
Olho eletrônico - enxergue no escuro total.
Os cientistas estão desenvolvendo uma impressionante solução cibernética para reparar danos na retina: um microchip com sensores, que são capazes de restaurar a visão de uma pessoa cega - que passa a enxergar com resolução de 38 x 40 pontos. É suficiente apenas para sentir a presença de luz, distinguir formas geométricas e reconhecer certos objetos. Mas é melhor do que nada, não é? O chip torna as pessoas capazes de ver raios infravermelhos. Tecnicamente, é possível criar um implante que permita a qualquer pessoa fazer isso. Com a ampliação da resolução, a visão artificial será mais poderosa que a humana, tanto na acuidade (capacidade de identificar detalhes sutis) quanto no alcance.
Super audição
Já existem vários aparelhos que potencializam a audição das pessoas normais. Mas e um implante que permitisse plugar o seu celular ou iPod diretamente ao cérebro? O aparelho, desenvolvido pela empresa americana Cochlear para restaurar a audição de surdos, é uma caixinha que é acoplada ao osso atrás da orelha. Ele capta os sons ambientes e os transforma em vibrações no crânio - que o cérebro da pessoa converte em som. Também dá para plugar diretamente um telefone ou toca-MP3, com um cabo comum. Detalhe sem importância: o aparelho custa US$ 34 mil - e exige a fixação de um parafuso na cabeça.
Os seres humanos do futuro poderão ter outra capacidade invejável: o sexto sentido.
Um cinto com 13 placas sensíveis ao campo magnético da Terra, já está em testes. Sempre que uma dessas placas fica apontada para o norte, ela vibra. É uma espécie de bússola. Voluntários usaram esse cinto durante 6 semanas. Sabe o que aconteceu? Em pouco tempo, um deles desenvolveu um instinto natural de direção - passou a ser capaz de sempre apontar a direção da sua casa, mesmo em lugares onde jamais esteve e mesmo sem usar o cinto. Ou seja: seu cérebro incorporou alguma capacidade de se orientar pelo campo magnético da Terra. O cérebro é mesmo um computador capaz de aceitar upgrades. Ele aprende a gerenciar tudo, como se tivesse um braço a mais no corpo. Isso significa que o traje do Doutor Octopus, aquele inimigo do Homem-Aranha com braços robóticos, é mais que uma fantasia de quadrinhos. Ele é real. E a armadura do Homem de Ferro também.
Como uma máquina já consegue ler os seus pensamentos - e poderá dar a você novos poderes?
A pessoa recebe um implante de eletrodos no cérebro. Ela é instruída a deixar a mente o mais vazia possível para que o computador consiga identificar e ignorar o ruído elétrico natural do cérebro. O indivíduo pensa em alguma coisa: um gesto, como o ato de mover um braço, ou uma ordem ("pegar água", por exemplo). Enquanto isso, a máquina analisa sua atividade neural - mapeando as conexões que surgem entre os neurônios. O computador aprende a identificar os pensamentos para os quais foi treinado, e passa a responder a eles. A pessoa pode mover um braço mecânico ou dar ordens a máquinas simplesmente pensando. Num futuro mais distante, a tecnologia também poderá permitir a telepatia com outras pessoas.
Roupa nova - o supertraje que está sendo desenvolvido pelo Exército dos EUA.
O XOS, um exoesqueleto que dá força sobre-humana a quem o veste, já está sendo testado. Com esse traje, você consegue carregar facilmente um homem nas costas ou levantar pesos com centenas de quilos. Tudo isso sem perder a flexibilidade dos movimentos naturais - o XOS permite que o usuário faça gestos delicados e complexos, como chutar uma bola ou subir escadas.
Sensores instalados no exoesqueleto captam os seus movimentos e os reproduzem nos braços e nas pernas robóticas. Também pode agir sozinho para proteger o usuário (o exoesqueleto pode ser programado para voltar automaticamente a um local predefinido caso a pessoa se perca ou se machuque). O aparelho está sendo desenvolvido para o Exército americano. Mas além do XOS, temos a invenção japonesa HAL 5. Com ele, uma pessoa pode erguer 5 vezes o peso que consegue carregar. O projeto quer melhorar a mobilidade de paraplégicos e idosos e também ajudar trabalhadores que precisam usar a força física. Para testar a utilidade da invenção, os japoneses já estão alugando algumas unidades.
Você sabia que é possível fabricar órgãos com uma impressora a jato de tinta que você tem na sua casa?
Uma impressora comum pode ser modificada para produzir um rim: é só usar células no lugar de tinta. A técnica ainda tem uma limitação importante - não consegue reproduzir as estruturas internas do rim. Mas já serve para reparar ferimentos superficiais na pele, por exemplo. Isso pode ser muito útil para vítimas de cortes e queimaduras.
Para melhorar a pele dos robôs, foi criada uma película flexível equipada com células fotovoltaicas, capaz de obter energia da luz solar para alimentar os circuitos do robô. Num ser humano, a energia colhida pela pele artificial seria útil para alimentar outras próteses eletrônicas que a pessoa porventura usasse. A pele artificial pode ser o princípio para o desenvolvimento do supertato - que nos permitiria sentir o mundo como jamais imaginamos. Mas, para que isso aconteça, um desafio precisa ser vencido: como conectar a pele artificial ao sistema nervoso. É algo complicadíssimo, mas não impossível. E já está acontecendo.
Por mais futurista que toda essa ideia pareça, a tecnologia está avançando assustadoramente, e permitirá aprimorar as habilidades e a sensibilidade do corpo. Não vai demorar para nosso corpo tornar-se incrivelmente diferente do que é hoje. No começo, os upgrades custarão muito caro. Talvez isso crie uma divisão de castas na humanidade, entre os "melhorados" e os "não melhorados". Mas a grande pergunta é: os humanos, tão identificados com seus corpos, trocariam voluntariamente suas "peças" naturais por dispositivos eletrônicos, convertendo-se em ciborgues?
Via | Super.
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Comentários
Se houvessem convites para tais experimentos eu iria de bom grado.
Trocar um olho por um sistema bioeletronico, implantar um sistema de radio na base do cranio ou experimentos com fibra muscular sintetica.
Viva a evolução.
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