A credibilidade dos barbados
Existem barbas que tem poderes especiais. A barba de Abraham Lincoln. A barba de Darwin. Esse tipo de barbas. Mas também há barbas que criam aversão, quase nojo. Lula na época do sindicato, Claudia Ohana... ah tá deixa para lá!
A barba, no homem, tem alguns efeitos significativos sobre como os demais nos percebem. Usar barba é como retroceder para nossos estágios primitivos: antes todos tínhamos mais pelos na cara, mas a evolução (e a maquininha de barbear e a gillete e o prestobarba) foram nos deixando com caras de "bumbum de bebê", não se sabe muito bem a razão: talvez porque já não precisamos manter tanto o calor para adentrarmos em selvas sombrias, talvez porque assim temos uma menor incidência de ácaros e parasitas portadores de doenças.
Em 1973 o psicólogo Robert Pellegrini, preocupado com os efeitos dos pelos faciais e como isto é percebido pelas pessoas que nos cercam, selecionou um grupo de jovens, aos quais fotografou antes e após fazerem a barba. E também quando tinham um cavanhaque e bigode e quando só tinham bigode.
Depois mostrou as fotografias a diferentes grupos de pessoas e, geralmente, os barbudos recebiam adjetivos como machão, masculino, maduro, dominante, seguro de si mesmo e valente.
No entanto, estudos recentes também associam a barba com a falta de honestidade. Ademais, mais da metade da população ocidental acha que os homens com o rosto barbeado são mais honestos que aqueles com barba.
Aparentemente, as barbas invocam imagens de intenções diabólicas, ocultação e pouca higiene. Conquanto, não existe absolutamente nenhuma relação entre a honestidade e o pelo facial, o estereotipo é suficientemente poderoso para afetar o nosso mundo, o que talvez explique por que todos na lista Forbes dos cem homens mais ricos exibem um rosto barbeado e também por que nenhum candidato bem sucedido à presidência estadunidense tinha barba ou bigode desde 1910.
Via | Quirkology de Richard Wiseman.
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Comentários
Whoa, tnhigs just got a whole lot easier.
O Bradesco já proibiu os funcionários de usarem barba. Uma pesquisa entre clientes de bancos revelou que a maioria prefere os funcionários sem barbas.
Claro que os barbudos não gostaram da proibição, e até entraram com um processo, já que neste país ridículo, todo mundo se sente discriminadinho quando lhes convém e abre processo. É vc quem tem que se adequar às normas e exigências da empresa, ou cai fora.
Ser barbado não significa estar sujo ou ser relaxado, óbvio. O que acontece, é que a gente cria associações indiretas em nosso cérebro. Por exemplo: Quando lembramos da palavra barba, vem à mente, automaticamente, um série de outras palavras tipo: Barba - Lula - cachaceiro - corrupção... Pode ser de outra forma tbm, ex.: Mendigo - mendigo do pânico - barba - sujeira - relaxo - programa mais ou menos. Enquanto fazemos as associações, surgem as imagens, e sentimos bem estar com a de um cara limpo e de barba feita.
Eu, quando li a matéria, lembre-me de algo engraçado, ou não, que ocorreu comigo, mas num vou contar, vai encher a tela. E eu nem gosto muito de escrever né. Só te digo uma coisa Luisão, se um velho barbado que vc nunca viu antes de repente, perguntar se vc tem amor no coração, dá-lhe um chute bem dado nas bolas dele e corra, corra muito.
Não vejo o menor problema no uso de barba, levemente aparada ou não, não induz a nada que a pessoa seja suja. Se fosse assim haveria a necessidade de depilar o corpo 100%.
Com barba, aparento 50 anos. Sem, aparento 30.
Boa matéria. Devia estar no MDig!
;-)
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