Gonococo, tão desagradável quanto humano
A gonorreia, para quem ainda não sabe, é uma doença transmitida sexualmente pela criatura da imagem acima, a bactéria Neisseria gonorrhoeae, mais conhecida como gonococo. Esta bactéria, cujos desagradáveis efeitos podem ser visto aos milhares no Google, ganhou verdadeiro protagonismo na última segunda, dia de São Valentim, por causa de uma pesquisa realizada por cientistas estadunidenses da Universidade Northwestern em Evanston, Illinois.
Ao que parece, estes pesquisadores encontraram a primeira evidência de transferência de DNA humano ao genoma de uma bactéria, que como podem adivinhar é nosso amigo gonococo. Segundo contam os pesquisadores, esta descoberta ajudará a compreendermos melhor a evolução, além do porque esta bactéria consegue se adaptar continuamente e sobreviver em seus hospedeiros humanos.
Para Hanl Seifert, professor de microbiologia da citada universidade, o achado é significativo porque demonstra que é possível realizar um grande salto evolutivo se for capaz de adquirir cadeias de DNA. A bactéria consegue uma sequência genética do próprio hospedeiro, o que poderia explicar o modo em que esta se adapta em tão pouco tempo.
Até o momento, só tinham verificado transferência genética entre diferentes bactérias, e inclusive entre células de bactérias e fermentos, mas é uma grande e inesperada descoberta evidenciar que uma bactéria consiga adquirir sequências genéticas de um humano. Tal e como explica Mark Andersoon, pesquisador em microbiologia:
- "Esta bactéria teve que superar vários obstáculos para conseguir adquirir esta sequência de DNA".
O que vão tentar discernir em futuras pesquisas é por que escolhem esta específica sequência de DNA, ou o que é o mesmo, verificar o que é que ela faz.
Via | UPI.
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