Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC) informaram que, depois de uma série de testes, não se observou nenhum miniburaco negro, como os que acreditavam que pudessem se conformar e engolir o mundo.

Ainda que seja uma boa notícia para os cagões que temem um possível desastre, são más notícias para pesquisadores que estão tentando provar uma forma da teoria das cordas, que prediz a criação e imediata evaporação de buracos negros em miniatura.

A teoria das cordas é um das tentativas mais aceitas de unificar dois grandes campos da física que se contrapõem: a mecânica quântica e a relatividade. Dizem que os elétrons e os quarks não são objetos, senão "cordas" unidimensional cujas oscilações lhes confere suas propriedades observáveis.

Também propõe que o universo tem uma dúzia de dimensões, em vez de quatro (comprimento, largura, altura e tempo). Não vemos essas dimensões extras porque estão ocultas em um raio muito pequeno, que não é accessível a energias normais.

Uma das versões da teoria diz que se estas dimensões existem, os gravitões (partículas hipotéticas que transmitem gravidade), colariam nelas, o que explicaria por que a gravidade é menos forte que outras forças que conhecemos. Deste modo, a gravidade não seria débil, senão que só se pareceria débil porque os gravitões estão distribuídos em diferentes dimensões.

O assunto é que para fazer com que os gravitões saiam dessas dimensões, se requer uma enorme quantidade de energia, tal e qual a que pode produzir o LHC, o maior acelerador de partículas do mundo.

Deste modo, se a teoria estiver certa, as partículas que chocassem entre si a grande energia fariam com que os gravitões sejam filtrados de outras dimensões, e a gravidade aumentaria. Os gravitões se fusionariam assim para criar um pequeno buraco negro. Estes buracos negros desapareceriam quase instantaneamente sem deixar rastro, motivo pelo qual não teria perigo de que a Terra fosse engolida.

No entanto, os cientistas não viram até agora nenhum buraco negro. Isto não quer dizer que a teoria esteja, senão que no momento só prova que não se podem criar buracos negros com energias entre 3,5 TeV e 4,5 TeV. Talvez signifique que sejam necessárias energias maiores, de modo que ainda é possível que acabemos com o planeta vejamos o fenômeno quando o LHC voltar a funcionar até que atinja sua máxima potência.

Via | PopSci.

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