Cientistas inventam a culturômica
Sabe quanta informação poderia ser extraída de cada livro publicado? E de um milhão? Ainda que toda essa leitura seria impossível para qualquer ser humano, um grupo de pesquisadores digitalizou 5.195.769 livros (aproximadamente 4% de todos os livros jamais publicados) e analisando com ajuda da informática conseguiram desenhar um interessante retrato de como o mundo mudou durante os últimos séculos.
Jean-Baptiste Michel e seus colegas da Universidade de Harvard batizaram este experimento como "culturômica" e, segundo explicaram ontem na revista Science, seu método poderia ser utilizado para campos tão diversos como a evolução da gramática, a memória coletiva, os avanços tecnológicos, os efeitos da censura, as mudanças na dieta e as doenças, ou a epidemiologia histórica, entre muitos outros.
Em particular, este grupo de cientistas escolheu centrar suas análises no idioma inglês entre os anos 1800 e 2000, rastreando como as mudanças culturais, tais como a guerra e a escravatura, estão unidos a mudanças lingüísticas. Ao todo Michel e seus colegas analisaram mais palavras em inglês que as contidas em qualquer dicionário, identificando alguns termos que desapareceram do vocabulário ao longo do tempo, bem como outras palavras que lentamente ganharam popularidade. Ademais, os pesquisadores rastrearam a fama mediante a medição da frequência do nome de uma pessoa e chegaram à conclusão de que as pessoas se tornam mais famosa agora do que antes, ainda que também são esquecidas na mesma proporção.
Via | NYTimes.
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