Não há como negar que a pirataria é um grande problema da atualidade, sobretudo para as companhias de software. E sempre costumamos falar das perdas que acontecem no mundo ocidental, ainda que na verdade é que ela está presente em todo o mundo, inclusive nos países onde os rendimentos médios são menores, onde a pirataria tem uma penetração infinitamente superior. Isso acontece na China, onde arranjaram uma solução que conquanto não elimina por completo o problema fez com que a pirataria diminuísse consideravelmente.

A solução encontrada no país asiático é estranha e pouco convencional, como costuma ocorrer por aqueles cantos do mundo. E não creio que alguma autoridade dos países ricos e desenvolvidos, em sã consciência, tenha-lhe ocorrido colocar tal medida em prática. Sabe o que fizeram as autoridades e empresários chineses ante a pirataria desenfreada? Pois... baixar os preços dos produtos.

O problema na área de software é que as companhias mantêm os mesmos preços ao trazer os produtos a países como o Brasil, tentar legalizar uma aplicação no nosso país, às vezes, é impossível. Só para que tenham uma ideia, um desenhista de Autocad autônomo ganha no máximo hoje em dia uns 2 a 3 mil reais, enquanto uma licença da Autodesk não saí por menos de 7 mil reais. Ou seja, complica e bastante a aquisição de uma cópia legal, então a única medida que resta é comprar um piratão no camelódromo ou nos diversos sites que vendem os produtos piratas na própria rede.

Algumas empresas adotaram estas medidas chinesas, como a Microsoft e a própria Autodesk, mas a baixa nos preços foram bastante tímidas para fazer com que as pessoas procurem legalizar suas cópias piratas. De qualquer forma a diminuição propiciou diretamente a duplicação nas vendas e não é necessário ter um diploma de matemática para saber que além de venderam mais produtos, passaram a ganhar muito mais dinheiro, ao mesmo tempo em que diminuíram o mercado pirata.

Estas medidas poderiam ser estendidas a todas as áreas onde a pirataria está presente: CDs, DVDs, cinema, bebidas, calçados, roupas, etc. O grande problema está na mentalidade de muitos empresários que não admitem de forma alguma que seu produto tenha um preço popular por existir a possibilidade de uma fatia dos consumidores passar a depreciar o produto só porque ele se tornou mais barato.

Via | The Brilliant Stories.

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