New York Times anuncia o fim da edição impressa
Arthur também esclareceu que estão considerando diferentes formas de cobrança para os conteúdos na página do jornal, que sejam flexíveis com os motores de buscas, o que implica que têm a intenção de permitir diferentes formas de acesso a suas notícias.
Na busca de novos modelos de negócio que se adaptem à era digital, os jornais tradicionais tentam encontrar mecanismos para gerar benefícios. É um fato sabido que hoje em dia as vendas de exemplares em papel nem sequer conseguem manter os custos da redação. Seguramente os dados manejados no departamento financeiro do New York Times são claros sobre o aumento progressivo deste fenômeno.
Os jornais encontram-se em um momento paradoxal já que apesar de ver crescer o número de leitores, graças a Internet, seus rendimentos reduziram e são muitas as vozes que questionam a utilidade que tem uma empresa que proporciona informação gratuita na rede. Em um primeiro momento pensou-se que a publicidade, fonte tradicional de rendimentos para os meios de comunicação, compensaria as perdas geradas pela queda das vendas, no entanto este método não gerou os ganhos milionários com os quais estavam acostumados.
Por isso as declarações de Sulzberger são importantes, demonstram a intenção do diário de se entregar à era digital. É normal que estas palavras, pronunciadas por alguém de tanto peso na indústria da informação, causem uma grande agitação.
Dias atrás o Jornal do Brasil anunciou seu abandono a versão impressa e agora o New York Times é o primeiro na gringolândia a anunciar uma diáspora que tarde ou cedo todos os jornais importantes terão que percorrer. Provavelmente as palavras de Sulzberger são o gesto necessário para iniciá-la.
Via | editorsweblog.org.
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