23 sinais inconfundíveis de uma pessoa introvertida
A dualidade introversão/extroversão sempre foi uma das mais recorrentes nas explorações da psique humana, talvez porque se consideram polos opostos e irreconciliáveis, dois extremos mutuamente incompreensíveis que, no entanto, não existem de maneira pura no mundo: todos temos algo de cada um, apesar do bando para o qual nos inclinemos.
Logo depois do introvertido salto compartilhamos 23 sinais que distinguem inconfundivelmente uma pessoa introvertida, ao menos segundo a consideração de Sophia Dembling e Laurie Helgoe, autoras de vários livros sobre o assunto.
Porque, curiosamente, essa pretensa extravagância dos introvertidos cobre os de um halo fazendo com que se pareçam incompreendidos sociais.
- As conversas banais parecem incômodas.
Introvertidos não gostam de conversa fiada por ser uma fonte de ansiedade e de aborrecimento. Isso, lógico, não se deve ao fato de que eles detestem as pessoas, senão porque odeiam as barreiras que este tipo de conversa cria entre pessoas. - Vão a festas, mas não para conhecer pessoas.
Para os introvertidos, uma festa é mais uma ocasião de encontrar-se com os amigos, conhecidos e sentir-se a vontade com eles, do que uma oportunidade para conhecer novas pessoas. - Usualmente sentem-se sozinhos em uma multidão.
Apesar do contraditório que possa parecer, é usual que uma pessoa introvertida se sinta sozinha no meio de muitas pessoas. - A autopromoção faz com que se sintam falsos.
Essas conversas que têm por objetivo apenas se autopromover como pessoa ou profissional adoecem de autenticidade, pelo qual preferem não tê-las. - Intensos é um qualificativo usual.
- "Os introvertidos gostam de saltar no profundo", diz Sophia Dembling em alusão às práticas sobre o sentido da vida, a natureza do amor, a pertinência do governo estabelecido ou qualquer outro assunto sobre o qual os introvertidos encontram especial interesse em falar, com paixão, a respeito. - Distraem-se facilmente (ou pelo menos parece).
A distração dos introvertidos é consequência da capacidade para aborrecer se facilmente em ambientes onde há estímulos em excesso, como música barulhenta, muita gente falando ao mesmo tempo ou várias fontes de informação que não podem ser filtradas. - O lazer não é improdutivo.
Uma tarde a sós, decorrida com nada mais que uma bebida e, digamos, uma série de televisão, não é considerada entre os introvertidos uma perda de tempo, pelo contrário, é vista como uma necessidade para juntar energia para voltar ao mundo. - Falar ante 500 pessoas é mais fácil do que fazer com uma só.
Não é raro que pessoas públicas ou que detenham algum tipo de liderança sejam também introvertidas. Curiosamente, para elas é menos angustiante falar ante grandes audiências do que estabelecer uma conversa com apenas uma. - Quando usam o transporte público, usam os últimos assentos.
Gostam de sentar nos lugares onde seja mais fácil descer quando chegar ao destino. - Começam a se fechar após ficar ativos por muito tempo.
Para os introvertidos a energia vital é coisa séria e ao que parece incorrem em comportamentos que revelam um alto grau de preocupação para conservá-la. Assim, após passar um bom tempo ativos, se fecham e ativam uma dinâmica para reabastecer suas energias em um ambiente tranquilo. - Estabelecem relações amorosas com pessoas extrovertidas.
O casal introvertido-extrovertido pode funcionar porque os extrovertidos obrigam os primeiros a divertir-se e não se levar tão a sério e isso acaba dando certo, um completa o outro em suas faltas e excessos. - Preferem ser especialistas em algo do que em muitas coisas ao mesmo tempo
De acordo com uma pesquisa realizada recentemente, os padrões mentais preferidos pelos introvertidos faz com que se enfoquem em apenas uma coisa, à qual se dedicam, deixando voluntariamente outras nas quais também poderiam intervir. - Conscientemente evitam espetáculos que requeiram participação pública.
Nada mais terrível. - Ignoram chamadas telefônicas, inclusive de amigos.
O celular toca, olha para ver quem é e, ao final, escolhe ignorar a chamada, ao menos até que esteja verdadeiramente com vontade de falar. - Vê detalhes que outras pessoas não.
Se os introvertidos sentem-se superados pelos muitos estímulos deve-se em parte porque têm especial habilidade para se deter nos detalhes e notar coisas que os outros não percebem. - O monólogo interior não cessa.
Os introvertidos pensam mais do que falam, e talvez por isso precisam pensar bem antes de poder dizer algo. - Padecem de hipotensão.
Uma pesquisa da Universidade Médica de Shiga, no Japão, encontrou uma relação entre a introversão e uma tendência a padecer de pressão sanguínea baixa. - Qualificados como velhos, ainda em sua juventude.
A inclinação ao pensamento analítico e reflexivo pode criar certa impressão de sabedoria em torno de um introvertido, o que por sua vez pode fazer com que se pareça com mais idade da que em verdade tem. - O prazer da recompensa não está no entorno.
Um experimento realizado por neurobiólogos da Universidade de Cornell descobriu que o centro de recompensa do cérebro responde de maneiras diferentes em pessoas introvertidas e extrovertidas, ao menos no caso do lugar onde esta possa estar. Para os extrovertidos a recompensa está sobretudo no exterior, no entorno, prazer não compartilhado pelos introvertidos. - Olham o quadro completo.
O gosto pelo pensamento abstrato desenvolve certa facilidade entre os introvertidos para descobrir logo o "panorama completo" de uma situação. - Vivem pedindo para que saia da concha.
A tendência ao silêncio e ao isolamento provoca petições frequentes para que os introvertidos saiam e participem mais do mundo em que vivem, inclusive gerando preocupações familiares. - Escrevem muito.
Uns dos hábitos mais comuns entre introvertidos é a escrita, esse meio que permite se comunicar sem estabelecer um contato imediato e pessoal, além de que, por sua natureza, requer da solidão, o silêncio, a introspecção e outras condições afins. - Alternam temporadas de trabalho e solidão com outras de atividade social.
A busca do balanço entre o exterior e o interior em ocasiões se expressa em alternar períodos de intenso trabalho solitário com outros de intensa vida social.
Via | Huff Post.
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Comentários
Olha, após ler esse texto, eu me descobri um pouco mais.
Por favor, não confundam timidez com introspecção. São muito diferentes. :)
100% correto
perfeito.
Eu ainda adicionaria:
Se relacionam melhor no mundo virtual do que no real
Embora tenham dificuldade para a interação interpessoal no mundo real, tímidos podem desenvolver a capacidade de se relacionar com certa desenvoltura no mundo virtual, por conta da ausência da pressão exercida pela presença do outro na conversa.
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